Mais de 50 por cento dos funcionários do tribunal de Tomar aderiram à greve decretada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais. Nesta terça feira, dia 25, entre as 10 e as 11 horas, os serviços pararam parcialmente e pelo menos duas secções fecharam na totalidade.
O Sindicato alega que são os funcionários judiciais que têm “a injustiça de um Estatuto não aprovado, de uma carreira subvalorizada, de uma ausência inexplicável de respeito por quem administra a justiça em nome do povo e em nome da máquina que é o Governo”.
São cerca de 40 os funcionários que trabalham nos serviços judiciais em Tomar, incluindo o tribunal de Trabalho, metade dos quais estão ainda em teletrabalho. Há 24 associados no Sindicato, segundo dados fornecidos por Ana Paula Mateus, delegada sindical.
Teme-se que a falta de funcionários nos tribunais seja agravada com a reforma de 2.500 nos próximos anos, o que revela ser uma classe profissional muito envelhecida.
A propósito da falta de recursos humanos, em Tomar, há o exemplo da criação do novo Balcão +, prestes a entrar em funcionamento, mas para o qual não há novos funcionários.
Além de mais pessoal, exigem um Estatuto profissional, promoções e subidas de escalões justas.
“A greve tem alertado os nossos concidadãos para as reais condições em que trabalhamos. (…) Apenas pretendemos demonstrar que os oficiais de justiça estão saturados de falsas promessas e de ser constantemente desrespeitados. E que merecemos, e exigimos, Respeito!”, refere o sindicato que aponta responsabilidades ao Ministério da Justiça pelos atrasos nos processos judiciais.