
Parte do antigo calheiro que existia no Flecheiro e que foi demolido no início de 2024, foi reconstruído no Mouchão junto à roda.
Pouco gente sabe, mas a ideia de deslocalizar este antigo mecanismo de rega para o Mouchão foi de um engenheiro da câmara, Vitor Silva.
Quando a câmara demoliu este património histórico no Flecheiro levantaram-se várias vozes de protesto contra este atentado.
Agora para “minimizar os estragos” a câmara reconstruiu o calheiro junto à roda procurando demonstrar o funcionamento destes ancestrais mecanismos que levavam a água captada no rio às hortas.
Desde o dia 2 de julho, a água já corre no calheiro desde a roda do Mouchão onde a água é recolhida nos alcatruzes e flui pela força da gravidade até ao rio.
Projeto do Flecheiro arrasa com vestígios da história de Tomar
Flecheiro: forno romano degrada-se e calheiro destruído (c/ fotos)
Experiência cultural bem à medida deste presidente de câmara: faz conviver um legado árabe com um legado romano. Intemporal, fusão de culturas
Acção abimbalhada no progressivo ajavardamento do Mouchão, começado por Paulino Paiva. Só falta instalarem um sistema de som a passar música dos anjos a acompanhar o movimento rotativo da roda…
O que será que os arqueólogos do futuro vão achar desses equipamentos e da sua utilização nos idos anos de 2025 (se conseguirem sequer determinar a data). Quer dizer, a parte em madeira deve desaparecer em um instante, a parte em pedra é que talvez chegue aos arqueólogos.
É que antigamente faziam equipamentos para ter utilidade, hoje é mais para decoração, e isso dificulta a vida.
Só falta a antena parabólica e fica igualzinho ao dos tempos ancestrais. 👌
Será que alguém sabe dizer bem de alguma coisa, só dizer mal, isso todos sabem.
Mas de quê, Maria, mas de quê?
Eu vou fazer-lhe a vontade, dona Maria. Vou dar-lhe um exemplo de algo que está muito bem neste nosso concelho há muito esquecido por Deus. Então aqui vai: o IC9, uma bela via rápida que nos proporciona sair de Tomar com a rapidez e conforto que a sexta velocidade de um automóvel nos proporciona. Outro exemplo: a autoestrada A13 que, para norte, nos conduz até à ditosa Coimbra, a verdadeira capital de Portugal (isso é assunto a tratar noutra ocasião), deixando para trás o ambiente bafientoce e rural da cidade templeira que tanto “amamos”. Finalmente, a autoestrada A23, que, abrindo-se em dois sentidos, nos remete para um Portugal autêntico e histórico (para leste), ou para um Portugal actual, moderno, vibrante, colorido (para oeste/sul). Como vê, agora temos algo que nos permite conhecer horizontes para além da “masmorra” a que estávamos confinados neste espaço sofrido que mais valia nunca ter abandonado o nome “Sellium”…