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Afinal Anabela Freitas é “Drª” ou não é “Drª”?

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Na câmara de Tomar e no PS o assunto é tabu. Ninguém questiona as habilitações literárias de Anabela Freitas, a atual presidente da autarquia, eleita pelo PS desde 2013.

Certo é que a maior parte das pessoas trata a autarca por “Drª”, deduzindo-se que seja titular de alguma licenciatura. Nunca se ouviu da boca de Anabela Freitas desmentir esse tratamento académico, dizendo qualquer coisa do género “não me trate por “Drª” porque eu não sou “Drª””. Essa humildade nunca a revelou.

Em várias placas de inauguração espalhadas pelo concelho consta o nome da autarca, antecedida da abreviatura “Drª”, mas a própria nunca mostrou qualquer sinal de constrangimento pelo erro.

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Para tentar investigar as verdadeiras habilitações literárias da presidente da câmara, solicitámos ao Instituto Politécnico de Tomar acesso ao seu processo enquanto aluna para que pudéssemos confirmar se realmente era detentora do grau académico de licenciatura. Foi assim que há uns anos se descobriu a forma ardilosa como o então membro do governo Miguel Relvas tinha concluído o seu curso, escândalo que acabou por motivar a sua demissão.

Com dúvidas sobre o direito do jornalista em ter acesso ao processo da aluna, o IPT pediu um parecer à Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA). Resultado: o acesso foi autorizado apenas para o certificado de habilitações, com as classificações de cada disciplina e a média final tapadas.

Ou seja, apenas tivemos acesso ao certificado de habilitações rasurado onde se confirma que Anabela Freitas concluiu apenas o bacharelato (três anos) em Gestão de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional em outubro de 2003.

Foi recusado o acesso à informação para apurar se a autarca se teria inscrito na licenciatura, condição fundamental para ocupar o lugar de diretora do Centro de Emprego para o qual depois veio a ser nomeada.

Mas foi confirmado pelo administrador do IPT, Júlio Filipe, que não há registo de conclusão da licenciatura de Anabela Freitas no IPT.

Numa notícia da agência Lusa, datada de 2013, Anabela Freitas era apresentada como licenciada em Recursos Humanos pelo Instituto Politécnico de Tomar, o que é falso.

No site da Assembleia da República (parlamento.pt), quando se acede à biografia da autarca que foi deputada entre 2009 e 2011, refere-se a “Frequência de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional” e “Frequência de Mestrado em Gestão de Recursos Humanos”.

Mais recentemente, no site da Tejo Ambiente, onde Anabela Freitas foi a primeira presidente e é atualmente vice-presidente, informa-se que “concluiu a sua formação superior no Instituto Politécnico de Tomar, em Recursos Humanos”, sem especificar se se trata de bacharelato ou licenciatura.

“Tomar na Rede” enviou um email à Presidente da Câmara para que nos esclarecesse sobre este assunto, mas até agora não recebemos qualquer resposta.

https://issuu.com/home/published/anabela_freitas_certificado_bacharelato

 

 

 

 

 

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6 comentários

  1. Haja vergonha e decência, o povo é soberano e elegeu a Sra. pela competência e não pelo seu grau académico!
    Só há uma explicação para tantos ataques cerrados
    Sede de poder/poleiro de gente incompetente, que sem qualquer tipo de escrúpulos, procura enxovalhar pessoas nobres!

    1. Nobreza pelos padrões dos apoiantes dum tal com cofres nas paredes além dos ricos amigos. Só é pena que essa nobreza a leve a usar títulos a que não tem direito. Os “antifascistas” estão como querem, mas pode ser que a maré mude..

  2. É mais uma vergonha da presidente. Com licenciatura ou sem licenciatura a incompetência era a mesma. Ter Dra nas placas e ser tratada como tal. É uma arrogância da parte dela e uma falta de humildade. É a Anabela a ser Anabela.

  3. um doutor é alguém que faz um doutoramento….mas como o português é pequenino, ao longo de muitos vem-se instituindo o doutor a licenciados e até mesmo a bacharéis…ser doutor não é um requesito para ser candidato/a a cargo políticos…o certo é que o problema de Tomar nada tem a ver com doutoramentos porque já antes da Anabela passaram pelo cargo de presidente da autarquia doutores e engenheiros e foi igual, não passamos da cepa torta…podia citar aqui alguns nomes pricipalmente de veradores que eram tratados por doutor e em vez de instruir a pessoa que está a errar ficam e ficavam inchados…..ao menos na tropa se se errar a patente ficamos mal vistos seja para cima ou para baixo…..mas a culpa é do povo seja a nivel regional ou nacional….votam neles….

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