
“Partilho convosco uma pequena biografia que escrevi dessa extraordinária ilha que Saramago descreveu como “fora das humanas medidas”, bem como alguns apontamentos sobre o meu avô, que ousou sonhar o impossível e que criou um sítio único”. É desta forma que o jornalista tomarense Gabriel Soeiro Mendes, neto do fundador da estalagem da ilha do Lombo, introduz um texto onde conta a sua história.
“Quem me conhece já me ouviu contar histórias de uma ilha. Da ilha onde vivi grande parte da minha infância e a que hoje, volvidos mais de 25 anos, ainda regresso todas as noites — é inexplicavelmente (ou talvez não) cenário de quase todos os meus sonhos”, escreve Gabriel.
É a história de Francisco Pires Soeiro, um empresário que transformou uma ilha num destino turístico em plena albufeira de Castelo do Bode.
O seu neto, Gabriel Soeiro Mendes, é autor do Melhor Blogue de Fotografia de Viagem, prémio conquistado vários anos consecutivos, http://umafotoumahistoria.com/
O texto sobre a ilha do Lombo pode ser lido aqui
Olá, sei bem do que fala, o meu avô, João Ribeiro, amigo do peito do Chico Soeiro, era assim que ele o tratatava, andou a construir muitas das paredes, a ponta que liga as duas ilhas, porque quando a barragem está no seu limite de capacidade, formam-se duas ilhas que se ligam por uma pequena passagem de pedra.
Lembro-me de em miúdo visitar as obras, e ver a piscina, e pouco mais tarde, a construção de mais alguns quartos inferiores, abaixo da piscina.
De conhecer o jovem filho, dos três que teve, e que na altura conduzia o barco, que julgo agora estar em Dornes, para transporte dos clientes e visitantes, as vezes para pernoitarem, outras só para tomar um café ou uma cerveja.
Enfim, lamenta-se hoje um dos hotéis mais bonitos de Portugal estar a ser “gerido” de forma a que esteja praticamente vazio!
Mas da nossa memória nada nos impede de a “visitar”.
Grato ao neto.
Bem haja.