Nos dias 5 e 6 de Novembro, quatro municípios do Médio Tejo – Abrantes, Entroncamento, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha – organizam o Congresso do Desporto, com o objetivo de proporcionar “uma geografia de trocas de saberes para valorização de competências na área desportiva”.
Na expetativa de “uma grande reflexão sobre o desporto na região”, serão organizadas sessões com especialistas nos quatro concelhos, debatendo temas no contexto do desporto, como a justiça, a ética, a saúde, o bem-estar e o movimento associativo.
A organização deste Congresso do Desporto assume que o evento “potencia o território do Médio Tejo e tal como as atividades desportivas, promove o sentido de união, de equipa e do coletivo”, acrescentando ainda que “o território precisa desta articulação e complementaridade entre todos”.
Como é possível que Tomar fique de fora de um Congresso do Desporto de dimensão regional no Médio Tejo? O Município de Tomar não tem uma palavra a dizer numa “grande reflexão sobre o desporto para a região”?
Na reunião do executivo camarário do passado dia 17 de outubro, abordei este tema na procura de esclarecimentos, mas as respostas da Presidente da Câmara Municipal serviram apenas de motivo de preocupação.
“Não faço a mínima ideia”, respondeu a Presidente da Câmara Municipal de Tomar sobre o porquê do não envolvimento do Município neste Congresso, acrescentando depois que “Tomar não tem de estar em tudo”. Pois não, mas tem de estar onde conta, onde se debate estratégia e futuro da região, em particular, numa área como o deporto, em que Tomar é referência.
Tomar fora do Congresso do Desporto significa o quê? O desporto tem uma enorme importância no nosso concelho, seja pelo número de praticantes, pelas diversas modalidades, pelos atletas e clubes a competir ao mais alto nível, ou pelos resultados desportivos alcançados ao nível regional, nacional e até internacional. E a governação socialista desvaloriza o que em Tomar todos reconhecem como uma mais-valia?
Não é a primeira vez que o Município de Tomar, sob a gestão socialista, se demite de participar ou integrar dinâmicas regionais. Lembro-me, por exemplo, da ausência de Tomar do acordo de cooperação para a criação de uma rede de espaços de coworking no ano passado, que envolveu os municípios de Abrantes, Mação, Ourém, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha.
O que assume caráter ainda mais grave, tendo em conta que a Presidente da Câmara Municipal é também a Presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo.
Afinal de contas o que se passa? Das duas uma, ou o Município de Tomar governado pelos socialistas não é considerado pelos seus pares quando se trata do futuro da região, ou é a governação socialista que não considera estes temas importantes para a afirmação do nosso concelho na região. Duas hipóteses igualmente graves.
À maioria socialista custa perceber que nem só de festas se faz uma governação municipal. Mas também de reflexão, estratégia, trabalho e articulação regional.
Tiago Carrão
Vereador da Câmara Municipal de Tomar, eleito pelo PSD
Vai mas é trabalhar!
Que drama tão grande…
Que situação dramática para qualquer família em tempos de crise económica.
Este comentário só merece outro comentário ao mesmo nível:
Excesso de boa vida, não é carrinho?
Tomar está fora de tudo há muito tempo. E bateu no fundo quando o pai deste senhor foi eleito…
Ao nível local em Tomar, o PSD faz lembrar o PS em Lisboa juntamente com o governo a quem dá suporte.
Cada vez que abre a boca ou entra mosca ou sai asneira.
A direcção do PSD faça um favor aos Tomarenses, DEMITA-SE, e dê lugar a pessoas competentes que apresentem um projecto válido para Tomar.
Onde é que você tem gente competente como diz, dentro dos partidos, capaz de trabalhar decentemente para o concelho? Nada! Olha-se para o panorama e aquilo é um deserto. Os burros de 4 patas são animais reconhecidamente inteligentes, mas estes, os de 2 patas, todos amassados, não valem a bosta dos primeiros.