A empresa Signinum – Gestão de Património Cultural, responsável pelo restauro da igreja de S. João Baptista em Tomar, publicou há poucos dias algumas imagens do “antes e depois” nas três capelas restauradas e revelou algumas descobertas efetuadas durante os trabalhos.
Ficaram visíveis alguns elementos que estavam ocultos há mais de um século, como é o caso de uma pintura mural na sacristia.
Na Capela do Santíssimo Sacramento, os trabalhos na tribuna do altar permitiram encontrar uma pintura mural que estava oculta por um tecido.
Na Capela do Sagrado Coração de Jesus, uma camada de tinta azul cobria uma outra pintura mural, que está agora acessível aos olhos dos visitantes
“Não menos importantes foram as intervenções ao nível das abóbodas, azulejos, talhas e outras pinturas murais que permitiram dar nova vida a este património histórico”, destaca a empresa.
Ficaria bem à câmara municipal intervir também na capela de Santa Iria, cujo altar e talha estão num estado confrangedor, mas não só. Todo o monumento necessita de intervenção, a começar pela porta que está a um passo de se desfazer, tal o estado de apodrecimento que a base apresenta.
Certamente haverá subsídios estatais ou europeus, embora eu reconheça que neste caso específico o processo assuma contornos diferentes, uma vez que se trata de uma capela privada, propriedade da família Vale, que até tem familiares ali sepultados.
Acontece que a família Vale e a câmara municipal de Tomar estabeleceram em tempos um protocolo que permite à câmara possuir a chave, e assim abrir o monumento a visitantes, com a obrigatoriedade de se responsabilizar pela manutenção.
Seria bom podermos no futuro visitar a capela restaurada…aqui deixo o repto ao novo presidente da câmara!