27 de julho de 1939 é a data do despacho ministerial de homologação que cria oficialmente o Museu Luso-Hebraico na Sinagoga de Tomar.
O processo começa quando o judeu Samuel Schwarz adquiriu o edifício a 5 de maio de 1923, “para evitar o seu abandono, a sua mutilação, ou mesmo a destruição de um símbolo da comunidade hebraica tomarense”, escreve a investigadora Salete da Ponte.
Em 29 de março de 1939, Samuel Schwarz doou ao Estado Português a «velha esnoga», com a condição expressa de instalar ali, o Museu Hebraico.
Ao longo dos anos foi possível juntar uma importante coleção de lápides, provenientes de vários locais do país, livros e objetos da tradição e culto judaicos.
80 anos depois, aquilo que era suposto ser o Museu Luso-Hebraico continua fechado, apesar de estarem concluídas há meses as obras de requalificação, nas instalações ao lado da sala de culto.
Já foram anunciadas duas datas para a abertura do espaço, mas ambas foram canceladas.
Na primeira data, 24 de junho, a inauguração foi adiada para depois da festa dos Tabuleiros.
Entretanto foi anunciada outra data, 18 de julho, mas houve novo adiamento desta vez sine-die e mais uma vez sem qualquer explicação por parte da câmara.
O espaço (“Mikvé” no r/c e museu no 1° andar) continua fechado, apesar de haver muitos turistas interessados em visitá-lo.