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Foi apresentado no dia 29 de fevereiro o livro “Tomar e os Templários”, de Carlos Trincão. A obra tem como público alvo as crianças das escolas do ensino básico. Custa oito euros e está à venda no posto de turismo.
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Uma das coisas que vai caracterizando este sítio – Tomar, quero eu dizer – é a existência de inúmeros intelectuais. Nalguns casos, como parece ser este, mesmo oriundos de uma esquerda radical ou libertária, conseguem ser apadrinhados, aceites e abençoados pelo conservadorismo mais bronco. Mas as coisas são o que são.
Desde que apareceram uma empresas com umas impressoras e encadernadoras que fazem a coisa mais ou menos em conta, fazendo também o registo oficial do livro, tem sido um vê se te avias. A coisa é tão baratucha que até dispensa aquele estratagema do Sócrates que pagou ao amigo rico para lhe comprar os livros todos. Aqui nem é preciso isso.
Qualquer cromo que seja bem convencido e tenha uns amigos que pouco percebam ou que até não o queiram desiludir se faz escritor e “lança” um livro.
Normalmente são coisas assim a dar para o pimba. Mas noutras, mais “intelectuais”, são escritas de “sofredor”. Poemas e contos sobre o ego e o amor. Outros há que são sobre o amor e o ego.
Com um bocadinho de trabalho ainda se vai à coisa histórica, que é coisa que também ninguém desdiz.
Mas prontos… giro, giro é a chamada literatura para crianças. E então se misturarmos história, cavaleiros e aventuras. O próximo já mete os tabuleiros. E é sucesso garantido.
Vende-se no turismo. També há aguardente de medronho e frutos secos.