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Os documentos sobre as obras no edifício da câmara

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Mais uma vez, o vereador Hugo Cristóvão tenta desmentir uma notícia do “Tomar na Rede”. Aconteceu na reunião da câmara de Tomar de 3 de abril.

Mas como procuramos a verdade e tentamos sempre escrutinar as decisões do poder local, fomos consultar os documentos do processo relativos às obras previstas para o edifício dos paços do concelho e que abaixo reproduzimos.

O concurso público que está a decorrer, que tem um preço base de cerca de 212 mil euros, destina-se principalmente à substituição dos vãos do imóvel, para maior eficiência energética.

Mas, na memória descritiva e no caderno de encargos assinadas pelos arquitetos Luis Pessanha Moreira e Francisco Formigal Mourão está escrito: “por razões supervenientes, avisadamente, decidiu a câmara municipal que o novo acesso ao atendimento municipal será feito pelo alçado tardoz. Permitirá que os utentes acedam directamente à Sala de Atendimento adjacente, sem necessidade de atravessar o piso térreo do edifício” (conferir documentos que publicamos em baixo)

Ou seja, neste concurso público está previsto que o acesso ao balcão único, que atualmente é feito pela frente do edifício, através das arcadas principais, passe a ser feito pela parte de trás. É o que está escrito no processo.

Os documentos da empreitada são explícitos e referem que para as traseiras dos paços do concelho estão previstas outras alterações: “os atuais caixilhos de ferro, demasiado trabalhados e encerrados serão substituídos por novos, de madeira, com desenho simplificado, na mesma com corte térmico e duplo batente. No piso térreo do tardou todos os vãos serão equipados com vidro de corte térmico. Apenas o futuro acesso principal dos utentes, a eixo do edifício, será totalmente reconfigurado e equipado com uma porta de abertura automática. Para assegurar a climatização e temperaturas nos espaços, esta porta será complementada com cortina de calor pelo interior”.

Para que não haja dúvidas, está escrito que “o projeto de execução a considerar para a realização da empreitada é o patenteado no procedimento”.

Vem agora o vereador desmentir o que está escrito na memória descritiva, no caderno de encargos e no programa do concurso, documentos acessíveis no portal Base.

Deixamos o desafio aos leitores para que consultem os documentos que reproduzimos e tirem as vossas conclusões.

 

 

 

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3 comentários

  1. Este vereador assume, sempre, alguma notoriedade, com o seu sorriso complacente. Seja pela falta de consciência da realidade, seja pelo espirito inventivo quando se exalta, seja pela mentira inocente para se safar do entalo.

  2. Do essencial desta notícia – alguém que vai aprimorando as artes do malabarismo -com o incentivo de público como o sr. Carlos martins, tenderá a ficar entusiasmado e ambicionará malabarismo com 4,5 6 bolas.. mas um dia cairá tudo ao chão

    Mas também outras notas:
    – o concurso é apenas para substituição de caixilharia (eficiência energética, e bem para conforto dos visitantes mas acima de tudo dos que lá trabalham, e da despesa em energia), mas isso quer dizer que haverão outras empreitadas paralelas para abrir o fosso com rampa e escadaria no alçado tardoz e permitir o tal novo acesso (e desvio de serviços afetados, muro suporte, etc..), colocação de elevador e reforço estrutural
    – o concurso refere explicitamente o desmonte das janelas, ferragens, portadas e transporte a aterro sanitário (!!) então o património municipal não deve ser preservado em armazém, para possível reutilização no mesmo local ou outro?
    – a câmara mandou fazer este projeto em 2016, e na altura a atenção parecia ser maior, porque já se sabia que abrir um fosso com rampa, escada e guardas metalicas num passeio antigo e irregular não seria simples.. e propôs a reformulação de todo o troço de rua.. agora esse assunto já não é tema (neste projeto)
    https://www.rederegional.com/politica/15440-pacos-do-concelho-de-tomar-vao-para-obras
    – se a DGPC concordou com a remoção das serralharias trabalhadas.. ok, mas não as atirem ao lixo. Os novos caixilhos de madeira parece que serão da série 68 da Catedral, mais “modernos”, não tendo muito a ver com os que atuais.. num edifício IIP

  3. Já sabemos, haverá sempre uma justificação plausível – ou será “a culpa é dos técnicos”, ou a “culpa é da DGPC”, ou “a culpa é de quem escolheu este edifício para Paços do Concelho”, ou o “andámos à procura do arquivo do licenciamento, e não o encontrámos, está ilegal!”

    Espreitando o processo, supostamente uma simples troca de janelas, vê-se que o mapa de quantidades é apenas para uma parte do projeto (caixilharia) isso quer dizer que haverão outras empreitadas paralelas, para abrir o fosso com rampa e escadaria nas traseiras (e desvio de serviços afetados, muro suporte, etc..), colocação de elevador e reforço estrutural

    O concurso refere o desmonte das janelas, ferragens, portadas e transporte a “aterro sanitário” (!!) então o património municipal não deve ser preservado em armazém, para possível reutilização no mesmo local ou outro?

    A câmara decidiu fazer isto em 2016 (e foi publicitado!), e na altura já se sabia que abrir um fosso com rampa, escada e guardas metalicas num passeio antigo e irregular não seria simples.. e anteviu a necessidade de reformulação da rua em toda essa zona.. neste projeto isso já não é tema, siga
    https://www.rederegional.com/politica/15440-pacos-do-concelho-de-tomar-vao-para-obras

    Os novos caixilhos de madeira parece que serão da série 68 da Catedral, mais “modernos”, não tendo muito a ver com os atuais mais trabalhados.. num edifício classificado, siga

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