
Mais público, mais tabuleiros e mais participantes. Foi assim o cortejo da festa do Divino Espírito Santo em Carregueiros neste domingo de Pentecostes, 5 de junho.
Após dois anos de pausa forçada devido à pandemia, as festividades foram retomadas e nota-se que as pessoas estão ávidas deste tipo de eventos.
Este ano, foram 50 tabuleiros (42 grandes e oito pequenos) que integraram o cortejo, um recorde como há muito não se via. A diferença em relação à festa de Tomar é que os tabuleiros de Carregueiros são enfeitados todos os anos com flores verdadeiras, enquanto na cidade são de papel e a festa só acontece de quatro em quatro anos.
Além da animação e do arraial popular junto à sede do centro cultural, está patente uma exposição de fotografia sobre esta tradição única.
Na segunda feira, dia 6, às 19h30, realiza-se a tradicional entrega da coroa com oferta de tremoços e vinho aos irmãos da Confraria do Divino Espírito Santo.
Pela primeira vez, uma mulher juiz
Fernanda Silva, 67 anos, é a primeira mulher juiz da Confraria do Divino Espírito Santo em Carregueiros. “Fui a primeira mulher a servir e sou a primeira mulher juiz”, disse à nossa reportagem, momentos antes do início do cortejo.
Para que as mulheres pudessem fazer parte da organização, foi necessário alterar os estatutos que, até há poucos anos, proibiam a sua participação.
A nova juíza, que já serviu duas vezes, defende que “se não entrarem mulheres na confraria, a festa tem tendência a acabar”.
Mais fotos aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui,
Magnífico! Um grande êxito e uma grande lição para quem a queira aprender. Uma pequena freguesia (mil eleitores), peri-urbana e sem a mania das grandezas, demonstra mais uma vez na prática que é perfeitamente possível fazer a festa dos tabuleiros todos os anos. Com dignidade e honrando a tradição em todos os aspetos. A festa é liderada por um Juiz eleito, e não por um criado da câmara chamado mordomo. Os tabuleiros têm flores naturais, como sempre foi ao longo dos séculos e as suas portadoras não usam todas fitas da mesma cor, apesar de serem da mesma freguesia.
Finalmente, a questão básica que é o financiamento. Não me consta que seja a autarquia a financiar a festa de Carregueiros, ao contrário do que acontece com a da cidade, e isso nota-se. As poucas ruas de Carregueiros não são ornamentadas por ocasião da festa. Levam as colchas nas janelas e basta. Impera o bom-senso, os (poucos) turistas vêm na mesma, promove-se Carregueiros e os contribuintes agradecem.
Flores naturais…. tu é que devias de carregar isso durante 5 km. Alguns pesavam “SÓ” 29 kg.
É preciso ser muito néscio, ou palonço, se preferirem, para reter do comentário anterior unicamente a questão das flores naturais e do peso dos tabuleiros.
Mas o simples nome suposto do autor pode explicar muita coisa, para quem saiba e goste de discorrer. Se não me falha o meu inglês escolar, “Gipsy KIng” é “Rei dos ciganos” em português. Sendo assim, já nada me surpreende nesta abençoada terra à beira Nabão implantada.
O que não me surpreende mesmo é a xenofobia estar tão instalada na nossa sociedade, e comentários destes serem normais!!!
Lá vem este com a balela da xenofobia. Quando por aqui se escreve “verdadeiros tomarenses”, por exemplo, cala-se. Mas agora que se mencionaram lateralmente os protegidos da atual maioria, zumba! lá vem a lengalenga do racismo. Tenha maneiras! Respeite as opiniões alheias! Não se arme em apóstolo igualitário, defensor de causas perdidas. Tanto mais que, a julgar por este seu comentário, nem sequer sabe muito bem o que é xenofobia, sendo sempre condenável usar palavras bonitas cujo significado nos escapa, no todo ou em parte. Entendeu?