
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“Orgulho-me do que lá está”, disse o arquiteto Lourenço Gomes, autor do projeto de requalificação da Várzea Grande, em Tomar, em entrevista ao programa Tomarlugar, da rádio Cidade de Tomar.
Apesar das críticas que tem lido e ouvido, o arquiteto diz que, se lhe dessem o projeto da Várzea Grande a fazer novamente, “fazia exatamente igual, com algumas correções”.
Lourenço Gomes diz que frequenta agora mais vezes aquele espaço e agrada-o “estar ali naquela praça e por vezes olhar para o Convento de Cristo”.
A obra foi adjudicada pela câmara à empresa Angulo Recto – Construções, Lda., de Vila Nova de Famalicão, e custou mais de 3 milhões de euros.
A entrevista completa ao arquiteto Lourenço Gomes pode ser ouvida aqui.
É sempre assim. Mesmo os autores das maiores barbaridades e dos maiores falhanços morreram convencidos de que estavam cheios de razão. Os Nazis, por exemplo, ainda hoje acham que o holocausto foi algo justo e necessário.
No caso, não é tão grave nem tem comparação. Trata-se apenas de mais um caso de obstinação, ou casmurrice, de um arquitonto que nem sequer se dá conta de que trabalha para a sociedade onde vive, e se essa sociedade não gosta da sua obra, não são os eleitores contribuintes que têm de mudar, é ele.
Certamente “de esquerda”, acredita estar no caminho certo da História, mas se a sua amiga Anabela vier a perder nas próximas eleições, a obra falhada da Várzea grande em muito terá contribuído para isso. Fica aqui a anotação, para que conste na devida altura.
É sempre bom quem fez ou projetou as coisas/obras assuma que as fez.
Como arquiteto que pelos vistos é , não estranha atitude convencida da sua razão. O urbanismo só recentemente é compartilhado por arquitetos com os resultados sociais que vamos constatando e não são particularmente bons. A ideia de querer impor uma ideologia na maneira de definir o espaço público e privado já vem de trás , mas atualmente todos são em maior ou menor grau discípulos de Le Corbusier.
O próprio Niemeyer em Brasília aplicou na folha em branco que tinha as ideias com algum resultado positivo.
Mas o problema começa em espaços consolidados e com utilização pública, onde os seguidores tipo como o nosso Siza só fazem “abortos”.
É o caso da renovação/reabilitação da Várzea.
Ficou impraticável, ambientalmente um atentado, e devido a erros e omissões do projeto ficou muito mais cara!!
Orgulhar-se disto é um bocado bacoco.
Mas quando impingem aos clientes de habitação unifamiliar os caixotes totalmente inadequados para o nosso clima e tradição está tudo dito.
O Siza nem os que vivem com os apoios sociais ( RSI ) que sabemos quem são, quiseram habitar nas casas que projetou em Évora!
Não consigo atingir o objectivo daquilo.
Se era para se ver melhor o o Convento bastava pôr um óculo de ver ao longe.
Que aquilo como parque de estacionamento faz falta… isso faz!
Dinheiro muito mal gasto
A maior vergonha, ao menos podia ser útil para parque, ou um jardim, a condizer com a estória da cidade!
E aquele terreno foi cedido para a feira de S. Iria.
E como de costume no nosso país, alguém se lembrou de ganhar uns escudos .
Para alguns é um orgulho uma obra destas, para outros nem por isso. Podiam ter construído um estacionamento no subsolo, barato e seguro sem grandes custos adicionais. Assim muita gente deixaria lá o carro e podia ir no comboio de manhã a Lisboa tratar dos negócios ou trabalhar e voltava á tarde para a sua casa em Tomar. Assim sem lugar para estacionar o carro, fica difícil. Visão de projecto com pouca utilidade publica e estilo arquitectónico provinciano. Parece mais uma maquilhagem pré-eleitoral.
Continua a ter o espaço para a dita feira, nesse aspecto ninguém pode realmente se queixar. É uma infelicidade ser completamente inútil o resto do ano, tanto para a população como para visitantes.
Alguém sabe em que fase estão os WC’s públicos que já deveriam estar a funcionar naquela zona?
Na fase do não sairá do papel, certo?
Será difícil comprar à Bricantel ou outra empresa um WC já pré-feito e instalar no local e meter/ manter a funcionar?