
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A câmara de Tomar vai lançar uma hasta pública, uma espécie de leilão, para concessão do novo quiosque da Várzea Grande. O assunto consta da ordem de trabalhos da reunião de câmara do dia 15, segunda feira.
O quiosque é feito em metal, de cor verde, tem uma forma hexagonal e está localizado perto do tribunal e da igreja de S. Francisco.
O título da notícia é enganador. O quiosque só vai ser concessionado se houver pelo menos um candidato assaz imprudente para avançar. Em contrapartida, faltam elementos importantes: O quiosque tem WC? Está ligado à rede elétrica? E à rede telefónica?
A eventual concessão será por quantos anos? Com pagamento mensal ou anual?
Poderá vender tudo o que quiser, incluindo jogos Santa Casa, tabaco e bebidas alcoólicas? Terá horário de funcionamento imposto pela Câmara?
Algo excêntrico em relação à urbe antiga, apesar da balela da “nova centralidade” da Várzea grande, o local não será o melhor para grandes negócios. Tirando os (poucos) habitantes da zona, os raros passageiros da CP que por ali passem a pé, e os fiéis das missas de S. Francisco, não estou a ver grande viabilidade. Como de resto já aconteceu, por exemplo, com o do jardim da Várzea pequena e o da avenida em frente à entrada do mercado municipal.
Gente que se recusa a aprender com os erros, dá nisto. Desta vez o autor do projecto deve ter visto uma foto antiga da Várzea grande, com um quiosque em madeira situado em frente à porta central do ex-convento de S. Francisco. Se assim foi, faltou-lhe ler um bocadinho sobre o assunto, único modo de ficar a saber que, naquela altura, a principal entrada em S. Francisco era também a porta de armas do Regimento de Infantaria 15, naquele tempo com pelo menos 1200 militares. Faz toda a diferença.