Numa altura em que ainda muitos estabelecimentos continuam encerrados por força do estado de emergência e com o seu futuro incerto, nota-se um abrandamento significativo da economia. Por isso são poucas as novidades, mas aqui ficam algumas:
– A loja Mundo de Papel mudou de instalações da Levada para a rua Infantaria 15, nº 94, ao lado da antiga Gráfica, onde reabriu no dia 4, depois de uma fase de encerramento obrigatório devido à pandemia.
– A empresa Zêzerovo, de Ferreira do Zêzere, comemorou no dia 6 o seu 34º aniversário. Parabéns!
– A loja Aurea – Home And Gifts, situada na Corredoura, vai fechar e está em fase de liquidação de stock, com preços muito reduzidos.
– O restaurante O Godinho, localizado no Carvalhal Pequeno, está à venda, incluindo o recheio e o apartamento no piso superior, por 165 mil euros, conforme anúncio publicado no OLX.
– No dia 27 de março foi criada a empresa J.R & J.P – Metalomecânica Serviços Técnicos, Lda, com sede no Coito. Dedica-se sobretudo a trabalhos de serralharia. Tem como sócios José Peres e João Paulo Ribeiro.
– A 6 de maio foi criada a empresa Descoberta Fértil – Unipessoal Lda, com sede na Peralva, freguesia de Paialvo. Dedica-se a tudo o que tenha a ver com agricultura. Sócio é Francisco Bonito e gerente José Manuel Correia.
– A Panorama Global Consultadoria e Serviços Comerciais Lda, com sede em Montalvo, Constância, entrou em processo de insolvência. Ao contrário do que inicialmente noticiámos, esta empresa nada tem a ver com a “Drinks Wine Bar e Garrafeira”, na Corredoura.
Criação de empresas sofreu queda abrupta no distrito
Durante o mês de abril foram criadas apenas 26 empresas em todo o distrito de Santarém, segundo a NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém.
Um número que representa uma queda abrupta em relação ao anterior mês de março em que tinham sido constituídas 79 sociedades no distrito de Santarém, e muito inferior ao do passado mês de fevereiro, em que foram constituídas 109 sociedades e ao de janeiro em que foram criadas 160 empresas.
Em comparação com abril de 2019, mês em que foram criadas 83 novas empresas no distrito, e abril de 2018, em que se registaram 100 novas sociedades, também se verifica uma acentuada quebra no número de novos negócios.
Coruche e Santarém foram os concelhos com maior número de sociedades constituídas, cinco cada um. Seguem-se Benavente e Ourém com três novas empresas cada um. Torres Novas, Salvaterra de Magos e Entroncamento registam duas novas empresas criadas cada um. Tomar, Cartaxo, Alcanena e Abrantes são os restantes concelhos que registaram uma nova empresa cada um.
No que respeita a setores de atividade, distinguem-se a cultura de arroz com três novas empresas e o comércio a retalho com duas novas sociedades.
O total do capital social das empresas constituídas atingiu o montante de 237.957€, o que dá uma média de 9.152,19€/empresa.
De registar ainda que a maioria dos gerentes das novas empresas continuam a ser homens (69%), sendo apenas 8 as mulheres à frente das 26 novas empresas criadas (31%).
Durante decadas a estratégia dos dirigentes tomarenses e de quem neles votou, apontava o turismo como âncora económica. Agora aguentem-se com a “pancada”. Se sem covid já se percebia que o futuro era a migração de grande parte da população ainda ativa tomarense, agora com covid é a aceleração para a desertificação e passagem de Tomar a aldeia com história.
Usa-se em Angola um termo para qualificar qualquer pessoa teimosa, obstinada, avessa à mudança de ideias. Diz-se que é matumbo ou matumba, consoante o género.
Pois parece ser o seu caso. Sem ofensa e com o devido respeito. No âmbito do saudável debate de ideias, numa cidade livre num país livre.
Já aqui no blogue lhe foi dito, explicado e demonstrado, que o mal não está na escolha do turísmo cultural como âncora preferencial do desenvolvimento local e regional. Está, isso sim, no facto de os autarcas e respetivos consultores se terem ficado pela intenção, pelo mero anúncio. Assim como quem reza a um santo, esperando que ele faça o milagre pretendido.
Apesar disso, você continua a insistir, batendo na mesma tecla. Insinuando que, ao terem optado pelo turismo, preteriram a industrialização, verdadeira fonte de riqueza. Se não erro, será a sua formação académica em engenharia que o leva para tal caminho. Que não passa afinal de um disparate, sendo que uma opção não exclui forçosamente a outra. Ou estarei enganado?