
- Patrocínio -
Foram 19 os partidos que entregaram no tribunal de Santarém listas de candidatos às eleições legislativas de 6 de outubro: PSD, CDS-PP, PS, BE, CDU, PCTP-MRPP, PAN, PDR, Livre, PNR, Partido da Terra – MPT, Nós Cidadãos, PTP, PURP, PPM, Aliança, Chega, Iniciativa Liberal e RIR.
Terminado o prazo de entrega de listas, procedeu-se ao sorteio para determinar a ordem dos partidos no boletim de voto. Publicamos o resultado desse sorteio.
Estão inscritos no distrito de Santarém 380.976 eleitores, que vão eleger nove deputados. Atualmente, o PSD tem três, tantos como o PS. BE, CDU e CDS-PP têm um deputado cada.
Eleições | Dezanove partidos entregaram candidaturas para as legislativas em Santarém
Seria muito interessante podermos dispor de uma reprodução de todos os boletins de voto do 25 de Abril para cá.
Acho que seria ainda mais interessante e útil encontrar explicações fundamentadas para o quadro seguinte:
TOTAL DE ELEITORES INSCRITOS
CONCELHOS 1989 2017
Alcobaça 44.132 48.896
Batalha 10.887 14.154
Covilhã 30.842 46.809
Évora 43.423 47.510
Guimarães 115.635 144.092
Mafra 35.998 63.285
TOMAR 38.793 34.814
Há uma anomalia, um concelho com o eleitorado a diminuir, não há? Um só. Porque será?
Excelente o comentário anterior. São as comparações entre décadas que mostram as tendências de atração, fixação ou desertificacao de residentes. E o caso de Tomar é elucidativo.
Agradeço o elogio.
Aproveito para lembrar que, tal como Tomar-Convento de Cristo, Alcobaça, Batalha, Évora, Mafra e Guimarães também são Património da Humanidade. Têm vindo portanto a apostar no turismo cultural, obtendo bons resultados em termos de desenvolvimento demográfico. Porque será que em Tomar – Capital templária, acontece o oposto?
Não esquecer que Alcobaça tem importante atividade agrícola, Batalha ainda está na grande região industrial de Leiria, Évora tem a Embraer e Guimarães está numa região das mais industrializadas de Portugal. Ou seja, diversificaram a atividade económica ao contrário de Tomar.
Quanto à Covilhã, cujo eleitorado registou um aumento de 15.967 inscritos entre 1989 e 2017, figura no quadro acima porque o Instituto Politécnico da Covilhã e o de Tomar foram criados na mesma data, pelo ministro Veiga Simão.
Agora, a diferença entre os dois é abissal.
O Politécnico da Covilhã transformou-se na Universidade da Beira Interior, tem milhares de alunos e até uma Faculdade de Medicina.
O Politécnico de Tomar tem excelentes instalações e 212 professores para apenas cerca de 1200 alunos. Ou seja, um docente para cada 5,6 discentes.
E mesmo assim, com tal densidade professoral, a reputação deste estabelecimento de ensino não se pode dizer que seja das melhores.
Porque será?
Pode ainda juntar o Politecnico de Vila Real, hoje Universidade de Trás os Montes e Alto Douro. Nuns casos houve visão de dirigentes e políticos locais, noutros houve a preocupação de segurar os lugares. Resultados estão á vista.
O problema é que o Politecnico de Tomar tem vindo a perder alunos nos últimos 12 anos. Em 2008 tinha mais de 3000 alunos inscritos em cursos de ensino superior.
Por falar em Politécnico de Tomar, qual será o seu objectivo real ao patrocinar uma equipa de Hóquei em patins? Oferecem alguma licenciatura ou outro grau académico em desporto? Ou trata-se apenas de incitar os alunos a “calçar os patins” rumo a outras paragens mais conceituadas?