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Um dia triste para Tomar e para a natureza (c/ fotos e vídeo)

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Uma a uma, as olaias da av. Egas Moniz, entre a praça de touros e o bairro 1º de maio, em Tomar, foram abatidas na manhã desta quinta feira, dia 24.

De nada valeu a petição online, os protestos dos moradores e ambientalistas, as denúncias de ilegalidades. A câmara foi implacável e, através do empreiteiro, com uma máquina, deitou abaixo uma dezena de árvores.

Mas o processo pode não ficar por aqui. Foi apresentada uma queixa no Ministério Público e o presidente da câmara pode ser constituído arguido e até pode ser impedido de concorrer as eleições autárquicas se houver acusação do Ministério Público.

Tudo porque há uma série de atropelos à legalidade nesta empreitada, onde a falta de transparência continua a ser praticada.

Na manhã desta quinta feira, com a presença de três agentes da PSP, técnicos da câmara e da empresa, alguns moradores e jornalistas, foram derrubadas as árvores sem cumprimento das regras de segurança no trabalho.

“Estas árvores, com cerca de 50 anos, são parte integrante desta avenida, fazendo parte da sua identidade. Dão-nos sombra, contribuem para a biodiversidade urbana, sequestram CO2, aliviam o nosso stress, ajudam a diminuir a temperatura e a atenuar o efeito de ilha de calor, embelezam a avenida. Quando estão em flor e com o castelo como pano de fundo são um verdadeiro postal ilustrado da nossa cidade. À semelhança do que já fez noutras zonas da cidade, a Câmara, com estes abates está a descaracterizar esta avenida”, argumenta uma moradora.

Que seja do conhecimento público, não há qualquer avaliação fitossanitária que justifique o abate das árvores e isso é obrigatório por lei.

A Câmara não publicou o projeto, nem informou os moradores.

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12 comentários

  1. pois, mas como os maçónicos protegem-se mutuamente não acredito que uma queixa no ministério público faça alguma coisa. como alguém diz a teoria é uma coisa a realidade outra.
    Tomar esta a ficar cada vez mais pobre e o seu belo título “cidade jardim” é inexistente…

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  2. A todos os que defendem o abate destas árvores, têm de entender algo. O que está em questão, não é se as árvores estão doentes, se vão, ou não, ser substituídas por outras no mesmo local ou se sequer se enquadram melhor num todo plano paisagístico delineado para aquela área, mas sim a LEGALIDADE com que tudo isto foi idealizado e realizado. A autarquia não pode decidir e executar e sem dar qualquer justificação à população votante (nunca ou raramente escutada nesta cidade), não cumprindo com uma série de trâmites legais e não cumprindo leis vigentes (básicas, muitas delas, ambientais e não só). Caso assim aconteça meus amigos, então deixa de ser uma democracia e passa a ser um poder ditatorial. As coisas nesta cidade (“minha” cidade), não podem acontecer por mera casmurrice ou gabarolice de uns quantos. Ao indigitado, apenas um conselho, não queira ser mais “esperto” e tratar os seus eleitores como meros peões. As pessoas tendem a não esquecer quem as trata mal.

    Cumprimentos para Todos.

    Responder moderated
  3. Decorrem da lei geral 59/2021 os seguintes princípios gerais… e pela informação disponível, pode inferir-se como foram seguidos:

    “A atuação em matéria de arvoredo urbano e património arbóreo do Estado está subordinada aos seguintes princípios:
    a) Princípio da função social e pública do património arbóreo, que consagra os elementos ecológicos, ambientais e climáticos do arvoredo e biodiversidade associada, essenciais ao desenvolvimento social e à qualidade de vida dos cidadãos;
    >>NAO FOI ATENDIDO (basta ver o sobressalto cívico, o impacto na avifauna, a mensagem que se passa de mais vale abater do que recuperar/reaproveitar, etc..)

    b) Princípio da proteção, que promove a defesa dos valores mais importantes do património arbóreo, nomeadamente os presentes no arvoredo classificado;
    >>NAO FOI ATENDIDO (arvoredo já consolidado na paisagem urbana, etc)

    c) Princípio da identificação, que promove o conhecimento, a classificação e a inventariação dos elementos que integram o arvoredo e biodiversidade associada;
    >>NAO FOI ATENDIDO – Não existe regulamento de arvoredo nem inventário municipal , obrigatório desde 2022

    d) Princípio da precaução, que determina a adoção de medidas preventivas contra ações que ponham em risco a proteção do arvoredo urbano e biodiversidade associada;
    >>NAO FOI ATENDIDO – Avaliação fitossanitária prévia, propostas de transplantes, abate em fase de nidificação, etc

    e) Princípio da responsabilidade, que promove a educação ambiental e a responsabilização de quem, direta ou indiretamente, provoque danos ao arvoredo e biodiversidade associada;
    >> VER A RESPOSTA AOS OUTROS PRINCÍPIOS

    f) Princípio do conhecimento e da ciência, que determina que as ações de planeamento e gestão do arvoredo urbano tenham por base o conhecimento técnico e científico;
    >> NAO FOI ATENDIDO (não existe inventário do patrimonio municipal, nem avaliação fitossanitária)

    g) Princípio da adaptação ao meio, que promove a melhor escolha das espécies arbóreas para o local onde vão ser plantadas, tendo em conta as características morfológicas das espécies arbóreas, do solo e do espaço urbano envolvente;
    >> DESCONHECIDO

    h) Princípio da informação e da participação, que promove o envolvimento dos cidadãos no desenvolvimento de políticas ambientais e o acompanhamento da concretização dessas políticas.
    >> NAO FOI ATENDIDO (basta ver a vontade de -não- mediação e -nao-mitigação dos temas que foram levantados pelos cidadãos, a -não- divulgacao pública pelo município, etc)

  4. Pois já era esperado esta miséria. Huguinho, o lenhador sem caráter algum continua a destruir tudo o que pode. Certamente o senhor esperteza tem algum amiguinho que fica com toda a lenha e outro que vende árvores. É o negócio da China pois, vende a lenha e manda colocar árvores novas e depois os queridos empregadinhos da câmara nunca regam nenhuma e entretanto a maioria morreu sem manutenção alguma e o menino espertalhão continua a mandar vir mais árvores para morrerem também de seguida. Que gentalha está neste executivo camarário, o pior que alguma vez esta cidade teve. Vergonha total.

  5. É desolador e assustador o que o ser humano faz e desfaz em prol do “Desenvolvimento Económico” como se o dinheiro justificasse o quer que fosse.
    Somos nós que estamos e estaremos a provocar a destruição da nossa própria existência com cada passo que damos no chamado Desenvolvimento.
    Dizem que isto se chama Evolução pois eu acredito que os nossos antepassados de há 50 ou 100 atrás eram mais ecologicamente evoluídos do que todos os chamados técnicos que fazem tais atrocidades.
    Também aqui em Santa Comba-Dão foram abatidas uma série de árvores que estavam ao longo dos passeios porque estavam a ocupar demasiado espaço nos mesmos. O que anteriormente dava sombra a quem fazia esse percurso agora é um passeio do deserto.
    Se está a estorvar o ser humano corte-se ou remova-se porque o ser humano no poder considera-se “DEUS”!
    E ACHAMOS NÓS QUE ESTAMOS A CONSTRUIR UM FUTURO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E NETOS!

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