Sociedade

Tabuleiros: uma espectadora especial

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Foi com emoção que a tomarense Alda Faria, da janela da sua casa na rua Silva Magalhães, viu passar o cortejo da festa dos Tabuleiros.

Aos 88 anos e já com alguns problemas de saúde, Alda Faria desta vez não conseguiu fazer flores nem tabuleiros. Perdeu praticamente a visão e já se desloca com alguma dificuldade.

“Gosto muito da minha terra e estou sempre disponível para a minha terra”, dizia há poucos anos numa entrevista. Aos inúmeros pedidos de tabuleiros ou de flores de papel nunca dizia não e por isso tinha centenas de solicitações às quais acedia de forma gratuita.

Fez o seu primeiro tabuleiro quando tinha 19 anos, em 1950, e desde aí nunca mais parou. Pertenceu a várias comissões da festa mas nunca aceitou ser mordoma apesar de ter sido desafiada várias vezes.

No domingo, à passagem do cortejo dos tabuleiros pela sua rua, foram poucos os que repararam naquela senhora à janela, mas temos a certeza que por minutos o coração de Alda Faria bateu com mais força.

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José Gaio

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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