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Sindicato recebeu pedido de ajuda para agente da PSP que se suicidou

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O presidente do Sindicato Independente dos Agentes de Polícia revelou ao jornal Correio da Manhã que recebeu um pedido de ajuda para Pedro Cartaxo, o agente da PSP que pôs termo à vida na esquadra em Tomar na tarde de segunda feira, dia 13.

“Há um mês recebi uma chamada, de um colega, a pedir ajuda. Era em relação ao agente que agora se matou”, revelou Carlos Torres, em entrevista publicada no dia 15.

Questionado sobre o motivo de haver mais casos de suicídio nas forças de segurança, aquele dirigente aponta “primeiro de tudo, devido ao stress. Depois porque entramos na casa das pessoas sem pedir licença e lidamos com muitas situações difíceis de esquecer. Há também falta de valorização dos problemas psicológicos”.

Carlos Torres concorda que a sociedade formata os agentes para não mostrarem os seus sentimentos. “Somos polícias 24 horas, 7 dias por semana. Para alguns, é mais fácil tirar a vida, a mostrar os sentimentos. Ter uma arma facilita também. O caso mais recente é particular, o agente já estava desarmado, mas usou a arma de um colega”, lamentou.

Quanto ao que pode ser feito para prevenir estes finais trágicos, o dirigente sublinha que “tem de se falar do suicídio. Nós já propusemos que as forças de segurança sejam educadas nesse sentido. Se conhecerem, por exemplo, os primeiros sintomas de alguém que quer tirar a própria vida, pode-se evitar estes finais”.

Em Cem Soldos e no crematório do Entroncamento realizaram-se hoje as cerimónias fúnebres do agente Pedro Cartaxo, de 52 anos, casado e pai de dois filhos.

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Já está marcado o funeral do agente que morreu na esquadra da PSP

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