Seguranças privados exigem aumentos salariais e melhores condições de trabalho

Os seguranças privados de todo o país estão a ameaçar manifestar-se caso as suas reivindicações não sejam atendidas. A classe, que se considera desrespeitada e esquecida, exige aumentos salariais, a criação de um subsídio de risco, maior controlo sobre as empresas de segurança e alterações urgentes à legislação que regula o setor. Embora ainda não haja uma data oficial para a manifestação, o clima de insatisfação e tensão está a crescer, com os profissionais a afirmar que, se não forem ouvidos, sairão à rua para exigir os seus direitos.

Os seguranças privados consideram ter um papel fundamental na segurança pública, mas são frequentemente expostos a riscos elevados, sem o devido reconhecimento ou compensação.

Este ano, o número de seguranças agredidos em serviço não para de aumentar e, tragicamente, já se registaram três mortes no exercício da profissão. Estes trabalhadores, que muitas vezes enfrentam situações de grande perigo, sentem-se esquecidos pelo governo e por um sistema que não os protege.

“Todos os dias, colocamos a vida em risco por uns trocos, e ninguém quer saber”, afirmou um segurança que preferiu manter o anonimato.

O motivo da manifestação é “a falta de condições e desrespeito nos últimos anos para com a profissão”. “Queremos exigir direito a um subsídio de risco, formação de armas não letais, aumento do salário base para um afastamento maior do ordenado mínimo e acima de tudo, a causa principal da manifestação, maior fiscalização nas empresas de segurança privada pois existem imensas ilegalidades constantes na área, a maioria das empresas não cumpre o CCT que está na lei, desde empresas que não pagam horas noturnas e feriados a empresas que não pagam horas extra” denunciam os vigilantes.

Entretanto tivemos conhecimento que a manifestação já tem data marcada. Será dia 29 de novembro de 2024 das 8h30 às 19h00 em frente à Assembleia da República em Lisboa.