
Foi uma razia. Dezenas de automobilistas foram multados ontem à noite durante os treinos dos jogadores no estádio municipal de Tomar. Enquanto crianças, jovens e adultos treinavam no estádio, a polícia multava os carros estacionados no parque ali ao lado.
Mais uma vez, a indignação tomou conta de dirigentes, atletas e treinadores do U. Tomar, que se queixam de trabalhar voluntariamente e ainda são penalizados com a atuação da polícia e a apatia da câmara. Também os pais dos jovens atletas têm manifestado a sua indignação nas redes sociais.
Tudo por causa de um polémico sinal de trânsito que proíbe o estacionamento na zona em frente ao estádio.
A presidente da câmara já prometeu resolver o problema, mas até agora nada fez.
“Simplesmente vergonhoso… quem dedica tempo aos miúdos e à sociedade em troca disto… Tenham vergonha!!!!!”, criticou um cidadão nas redes sociais.
A crítica mais veemente partiu do treinador Hélio Franco:
“VERGONHA!!!,
Venho por este meio agradecer à CM Tomar e à PSP por esta prenda de hoje.
Então é assim, eu dedico 7 dias por semana/20 horas semanais da minha vida à formação de meninos e graúdos da nossa sociedade/ Cidade. Deixo a minha família, o meu filho que tanto precisa de mim, em casa pra me dedicar a estes miúdos e graúdos, com muito brio e orgulho no que faço, e depois de 3.5 h de dedicação e suor, sou multado por alguém, que ignora pura e simplesmente o que de bom fazemos pela nossa cidade.
Somos a única cidade que conheço que não tem acessos ao estádio, onde a partir desta semana centenas de miúdos deixarão de ir aos treinos, pois vai chover e os pais não os conseguem deixar no estádio, pois são multados… alguns meninos de 4, 5, e 6 anos não podem vir sozinhos e não me venham com desculpas do estacionamento pois esteve esgotado por diversas vezes….. somos a única cidade do mundo talvez em que os atletas, não tem acesso ao estádio (ou espécie de estádio) onde pais, atletas, meninos pequeninos têm que fazer centenas de metros até chegar só estádio chegando encharcados e sem motivação já pra treinar….
Agradecer à CM Tomar e à PSP essas mesmas condições que estão a ser agora implementadas… OBRIGADO.
Por isso vemos concelhos vizinhos a evoluir e nós a regredir… talvez me faça mudar de concelho e levar comigo aqueles que gostam de educar e formar miúdos, aqueles miúdos que serão o futuro da nossa cidade e sociedade… sou tomarense com muito orgulho atenção, mas também com muita vergonha das nossas autoridades nestes casos…
OBRIGADO CM TOMAR E PSP.
POR CONTRIBUIREM PRA TRISTEZA DOS NOSSOS ATLETAS E DOS SEUS FAMILIARES.”
Já é proibido estacionar à muito tempo ali, as pessoas nunca respeitaram os sinais, estavam a espera de que? agora só porque se faz trabalho voluntário os sinais de transito já não são válidos? esperavam que a presidente resolve-se o assunto e depois estacionavam.
Vergonha é vir para aqui com demagogias, como se o estádio não tivesse outra entrada onde os pais podem deixar as crianças mesmo à entrada do portão, sem desrespeitar qualquer sinalização.
Dizem que estão ao serviço da sociedade e depois usam as crianças como argumento, quando o que pretendem é continuar a abusar de uma via onde era colocada em causa a segurança das crianças, essas sim que circulam a pé, de patins ou de trotinete. Isto eu vi e assisti ao condutor todo indignado como se quem estivesse mal fosse a criança. O sinal está lá e muito bem.
Acção EXEMPLAR da polícia. Primeiro avisaram durante várias semanas e só depois multaram os típicos chicos espertos, como o Sr.Hélio Franco ou o Sr.Abel Bento, que apesar de saberem perfeitamente que é proibido estacionar naquele local, teimam a não respeitar os sinais de trânsito e a PSP simplesmente porque pensam que são mais do que os outros, algo que até pode ser confirmado no texto publicado pelo Sr. Hélio Franco onde demonstra extrema arrogância e prepotência.
Vejamos algumas das palavras do Sr. Hélio Franco.
“…e depois de 3.5 h de dedicação e suor, sou multado por alguém, que ignora pura e simplesmente o que de bom fazemos pela nossa cidade.”
– Portanto, segundo a teoria do Sr.Hélio Franco, quando fazemos algo de bom pela nossa cidade temos todo o direito de fazer algo de mal, como infringir as leis. A questão é, quantas idosas é que preciso de ajudar a atravessar a estrada para ter a liberdade de assaltar um banco sem ser incomodado?
“…onde a partir desta semana centenas de miúdos deixarão de ir aos treinos, pois vai chover e os pais não os conseguem deixar no estádio, pois são multados…”
– A não ser que os miúdos e os pais dos miúdos sejam feitos de açucar, não vejo razão para não utilizarem um chapéu de chuva, uma fantástica inveção já usada no séc XII A.C. mas que pelos vistos em pleno séc XXI ainda é desconhecido por muita gente.
“…onde pais, atletas, meninos pequeninos têm que fazer centenas de metros até chegar só estádio chegando encharcados e sem motivação já pra treinar…”
– Acho que encontramos os pais e meninos feitos de açucar.
Para finalizar, gostaria de relembrar o Sr.Abel Bento e o Sr.Hélio Franco que se existe pais que têm tempo
e disponibilidade financeira para deixar os filhos à porta do estádio, também existe outros que não têm esse privilégio o que faz com que outras centenas de crianças tenham que ir a pé para o estádio e percorrer uma curva com pouca visiblidade e piso escorregadio, onde muitas vezes vemos automobilistas a conduzirem de forma imprudente. A questão que deixo é a seguinte, a comodidade está acima da segurança das crianças e de todos nós que fazemos este mesmo percurso a pé?
Isto é uma Câmara Xuxalista
Até que enfim. É pena é só acontecer raramente. Queixam-se com falta de estacionamento mas não o usam. Será que não há um parque perto?
Inteiramente de acordo com o Pedro R. Há demasiadas pessoas que durante demasiado tempo se habituaram a não respeitar as regras.
Os indisciplinados já resolveram o problema do estacionamento junto ao estádio. Retiraram a grade que os impedia de estacionar infringindo as regras e esconderam-na nos arbustos. Procurem perto da piscina.
Acho que os sinais só existem para decoração. Para cumprir só quando é para os outros e nos interessa a nós que eles cumpram.