Poluição no rio Nabão é tema e cenário de conferência de imprensa do BE
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A conferência de imprensa do Bloco de Esquerda realizada nesta segunda feira, dia 8, decorreu no parque do Mouchão em Tomar, tendo a poluição do rio Nabão como cenário.
O tema era justamente esse e trouxe a Tomar a deputada Fabíola Cardoso que apresentou e defendeu o projeto de resolução entregue a 2 de fevereiro sobre a implementação urgente de medidas para a despoluição e recuperação ambiental da bacia hidrográfica do rio Nabão.
Ao seu lado estavam Maria da Luz Lopes, deputada na assembleia municipal de Tomar, e Paulo Reis, dirigente local do partido.
A tónica dominante foi o “repúdio” pelos crimes ambientais que não dão tréguas no rio Nabão. O Bloco de Esquerda acusa o Ministério do Ambiente e as Câmaras de Tomar e Ourém de falta de empenho na resolução do problema.
Conforme referiu Paulo Reis, citando a Secretária de Estado do Ambiente, Inês Costa, “os problemas de contaminação no Rio Nabão estão relacionados com descargas indevidas, relacionadas com as redes de Tomar e Ourém”.
Para os bloquistas, a resolução do problema da ETAR de Seiça e de outras fontes poluidoras, bem como um plano de investimentos para o saneamento, é prioritária.
Maria da Luz Lopes sublinhou a carater suprapartidário do problema e lembrou o grupo de cidadãos, de vários quadrantes políticos, que se juntou em defesa do rio.
Para produzir espetáculo, seria mais proveitoso, para nós, e para combater o envenenamento do rio, que a sessão tivesse sido em Lisboa.
Por exemplo, na rua, em frente ao Gabinete do Ministro, ou à sede a Agencia Portuguesa do Ambiente.
Assim, é para Tomarense ver, e para captar simpatias, e talvez, votos.
Em Lisboa, sempre poderiam atrair uns camaradas, ou companheiros, jornalistas, que dariam estampa ao protesto, e eco aos problemas com que nos debatemos a assistir ao envenenamento do rio Nabão. Com uma Radio ou uma TV de âmbito e de difusão nacional, é que era…assim…
E produzindo a sessão em Lisboa, ainda pouparia a despesa da vinda a Tomar…
Dantes eram as fábricas que poluiam, estragando o ambiente, tão necessário ao resplandecente turismo que aí vinha. Agora fecharam as fábricas ( e os empregos e as mais valias geradas) e continua a poluição.
Esta rapaziada de extrema esquerda, sucedânea de maoistas e trotzquistas, já percebeu que tem o dias contados. Mais ano menos ano desaparecem dos parlamentos, como já aconteceu em toda a Europa, menos aqui e aqui ao lado. Há atrasos que nunca desaparecem. Procurando retardar o inevitável, vão gesticulando para a informação, só par falarem neles.
Neste caso da poluição do Nabão, por exemplo, quando no mandato passado apoiavam o governo PS, no quadro da gerigonça, alguma vez abordaram o problema com um membro do governo? Se afirmativo, com que resultado prático?
Por esta altura deixo a pergunta no ar… será que não é necessária uma barragem para literalmente filtrar toda a porcaria que é lançada ao rio, em especial quando existe maior caudal… uma barragem no sentido literal do termo para que por muita que seja a água a circular o tratamento de todo o rio seja completo, sem desculpas, já que de outra forma parece ser literalmente impossível resolver o problema de forma realista.
Não que aprecie barragens, mas na impossibilidade de resolver o problema de qualquer outra maneira, pelo menos a porcaria não chegava ao rio Tejo… se bem que acho que deveria ser construída uma nova barragem próxima de Espanha, para garantir que o Rio Tejo se mantêm limpo de poluentes incluindo radioactividade, químicos e por aí em diante que possam ser lançados quer acidentalmente quer propositadamente.
Só mesmo pessoal amador e básico é que propõe uma conferência de imprensa junto ao rio, de forma a ser filmado em contraluz. Qual seria o inconveniente, se tivessem escolhido por exemplo aquele açude ao cimo do Mouchão, com luz lateral da direita ou da esquerda, consoante a hora?
Em Tomar estamos cada vez mais mal servidos de recursos humanos na área da política.