A construção de um posto de turismo na praça central de Ferreira do Zêzere e as alterações na fonte que ali existe desde o início do séc. XX, estão a provocar polémica.
Nas redes sociais há opiniões para todos os gostos. As críticas principais vão para as alterações feitas no fontanário oferecido pela benemérita Maria Dias Ferreira à população da vila em 1913.
Foi eliminado o tanque e, segundo a câmara, foi reposta a fonte original, argumento que não convence a maior parte dos ferreirenses, a ver pelas opiniões partilhadas nas redes sociais.
“Um lago que foi uma fonte transformado em aberração arquitectónica pior ainda é esse posto de turismo…” “Deixou de ser uma fonte para passar a ser um pelourinho? Continuo a achar que o posto de turismo poderia ter uma localização mais apropriada…” são algumas das opiniões expressas, apesar de haver quem goste.
As obras vão ser inauguradas no dia 13 de junho, feriado municipal no concelho, pela Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira.
Pelos vistos, Lá como cá, atira-se para o lixo o legado dos que nos antecederam para “criar” uma nova imagem, neo-pimba, muito ao gosto desta camarilha de última geração que pulula um pouco por toda a parte, e que se governa como nosso destino.
A situação mais aberrante que eu conheço está patente em Guimarães, onde destruíram o belíssimo Largo do Toural e o substituíram por um deserto de pedra atravessado em diagonal por um corrimão dourado. A fonte, essa, que se erguia magestaticamente no centro do largo, replantaram-na a um canto para não dizerem que a deitavam fora.
Também em Oliveira do Hospital, o jardim central foi destruído e o espaço foi lajeado. Serve agora de tecto a um parque de estacionamento subterrâneo.
Andou o D. Afonso Henriques à bulha com os mouros para isto…