Sociedade

Escuteiros de Tomar em peregrinação a Itália

- Patrocínio -

O Agrupamento 44 de Tomar do Corpo Nacional de Escutas através da I Secção (crianças dos 6 aos 10 anos) promoveu uma atividade em Itália, entre os dias 20 e 24 de julho.

Participaram 34 pessoas, entre crianças, dirigentes e o assistente do agrupamento o padre Rui Tereso.

Segundo os promotores foi “uma experiência marcante para os nossos escuteiros, que contou com momentos de intercâmbio cultural, partilha e vivências marcantes nas nossas crianças”.

- Patrocínio -

Aqui fica o relato na primeira pessoa desta “aventura”.

 

“Conhecer Francisco”

Lobitos do Agrupamento 44 viveram uma peregrinação transformadora a Itália

 

Entre os dias 20 e 24 de julho de 2025, os Lobitos do Agrupamento 44 Tomar embarcaram numa viagem que ficará para sempre gravada na memória de cada participante. A atividade, intitulada “Conhecer Francisco”, levou os lobitos do Corpo Nacional de Escutas (CNE) até ao coração da fé cristã: Roma e Assis. Foi mais do que uma simples viagem. Foi uma verdadeira peregrinação espiritual, uma aventura educativa e uma vivência fraterna inesquecível, onde 34 pessoas, entre crianças, dirigentes e o assistente do agrupamento padre Rui Tereso, redescobriram o sentido da fé, da simplicidade e da missão de ser escuteiro.

Desde o primeiro momento, o objetivo era claro: conhecer a vida e o testemunho de São Francisco de Assis, patrono da I Secção, e inspirar os Lobitos com o seu exemplo. Assis, com a sua beleza serena, as suas ruas medievais e a espiritualidade que se respira em cada pedra, acolheu o grupo logo no segundo dia da atividade.

A visita à Basílica de São Francisco, onde repousa o corpo do Santo, foi o ponto alto do dia, um momento de silêncio, contemplação e emoção. Alguns lobitos, apesar da tenra idade, mostraram uma sensibilidade tocante ao perceberem que estavam diante do túmulo do homem que é o Patrono da I Secção, um exemplo de bondade, que viveu para os outros, que renunciou à riqueza por amor aos pobres, e que falou aos animais com o mesmo respeito com que se dirigia às pessoas.

No terceiro dia de atividade, Roma acolheu os escuteiros com o seu património imenso, a sua vida agitada e os seus séculos de história. Mas entre o jogo de cidade, as descobertas culturais e o tão aguardado jantar típico romano, houve tempo para viver momentos de pura alegria, com muitos sorrisos e brincadeira típicas dos lobitos.

No Vaticano, ao quarto dia de atividade, os Lobitos entraram pela imponente Basílica de São Pedro, símbolo máximo da Igreja Católica, e puderam visitar o túmulo do apóstolo Pedro, o “rosto” da fidelidade a Cristo. Atravessaram ainda a Porta Santa, aberta este ano em contexto de Jubileu — um privilégio raríssimo, pois estas portas só se abrem de 25 em 25 anos, marcando tempos de renovação espiritual.

O mesmo aconteceu na porta Santa da Basílica de São Paulo, onde os escuteiros visitaram durante a tarde, também o túmulo do apóstolo. Com estas visitas, os lobitos puderam estar diante de três dos quatro patronos do CNE, numa experiência de fé encarnada e testemunhada, não só ensinada, mas vivida no terreno… e também atravessar duas das quatro portas Santas.

Apesar da intensidade dos dias, e do muito calor sentido, houve sempre tempo para o mais importante: a convivência, o espírito de grupo e muita alegria. Cada refeição foi um momento de partilha, cada deslocação uma oportunidade para cantar, cada momento uma memória gravada nos corações dos presentes.

A concretização desta grande atividade deveu-se ao esforço incansável dos dirigentes participantes do Agrupamento 44, bem como do padre Rui Tereso. Também só foi possível partir para esta aventura com o muito trabalho dos pais, dos dirigentes da I Secção e dos próprios lobitos ao longo do ano de preparação. O apoio institucional de entidades como a Câmara Municipal de Tomar e a Paróquia de Tomar, foram também eles fundamentais, que desde o primeiro momento acreditaram no valor formativo e humano desta peregrinação.

“Conhecer Francisco” foi muito mais do que visitar cidades ou monumentos. Foi uma experiência de crescimento, de descoberta, de fé. Foi um convite a viver com simplicidade, alegria e coragem — valores que São Francisco viveu até ao fim, e que cada Lobito levou consigo no regresso a casa.

No final, cada um voltou com algo no coração: a imagem de um santo que falava com os animais, a sensação de estar dentro das maiores basílicas do mundo, a alegria de caminhar com amigos, ou simplesmente o sabor de um gelado italiano. Mas todos regressaram diferentes. Porque, de facto, conhecer Francisco não é só saber quem ele foi, é começar a querer ser um pouco como ele.

Urso Resmungão

Bruno Mourão

(Áquelá – Responsável da I Secção)

- Patrocínio -

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Botão Voltar ao Topo