A nova viatura ao serviço da presidência da câmara de Tomar é um Mercedes C300 de, sedan, uma viatura híbrida (gasóleo e elétrica), que foi comprada através de um contrato de “renting” (aluguer operacional) com o stand Marques, Lda, de Santarém. Encontra-se estacionada à porta da casa da presidente da câmara, Anabela Freitas.
Segundo o contrato é uma “viatura híbrida a gasóleo e baterias, cor preta e caixa automática, estofos em pele e tecido, vidros escurecidos, cockpit panorâmico e digital e caixa automática 9G-Tronic”.
O preço no stand ultrapassa os 50 mil euros. Como neste caso se trata de um contrato de “renting”, a câmara paga mais de 500 euros por mês durante quatro anos, totalizando 31.160,16 euros (ver contrato).
No final do contrato, há várias possibilidades. Ou a câmara faz um contrato novo, devolvendo o veículo antigo e recebendo um novo, pode também prolongar a duração do contrato, ou ainda pode comprar o carro à empresa de renting. Neste caso, o valor de venda é definido em função do valor de mercado do automóvel à data.
Pode-se questionar se, havendo eleições autárquicas em 2021, a presidente da câmara pode assinar contratos válidos até 2024, tendo em conta a eventualidade de ser outro partido a vencer o ato eleitoral com diferentes opções de investimento. Pode e para isso teve a necessária autorização da assembleia municipal.
Até agora a viatura presidencial da câmara era um Opel Insignia de 2010, que atualmente é utilizado pelo vice-presidente Hugo Cristóvão.
Um pormenor é que as viaturas oficiais utilizadas pelos autarcas deixaram de ter a identificação “Câmara Municipal de Tomar” que era usual constar junto à matrícula.
Bela viatura, à medida das necessidades da senhora presidente, e do orçamento da câmara.
Não havia nada mais em conta, e o futuro presidente José Delgado desde já agradece.
Assim é que é. Gerir e comprar com o dinheiro dos outros, também eu.
Até considero o carro modesto, tendo em conta a subida brutal do preço da água. Demita-se Anabela, não engane mais as pessoas.
“ TOMAR – O NOVO CARRO DO EXECUTIVO CAMARÁRIO ”
Autarquia não se mostra acanhada na escolha de veículo de fazer inveja a qualquer contribuinte, e, em alguns casos, até jogadores de futebol; em fim de mandato, parece ser um prémio carreira.
Não discutindo a necessidade de renovar o parque automóvel do município, nem a consciência ambiental pela opção híbrida esta escolha foi frívola, afrontosa e desrespeitosa das dificuldades económico-financeiras por que passam muitos dos munícipes do concelho de Tomar.
Tudo isto são factos públicos a que o autarca se expõe, mas forçosamente sobre escrutínio da população e decisivos para a formulação de um juízo sobre as opções e escolhas bem como sobre os benefícios e os retornos dos investimentos.
A legitimidade da gestão autárquica pressupõe a existência de um amplo consenso entre os membros da comunidade, pelo que um determinado poder para ser considerado legítimo tem de ter a aprovação dos cidadãos o que parece não acontecer no caso em apreço.
Trata-se de um acto legal, mas ilegítimo do ponto de vista da oportunidade, sem interesse público, e como tal, injusto e desadequado ao actual contexto pandémico, gerador de problemas económicos e sociais, eticamente reprovável e politicamente censurável.
Sem legitimidade a validade dos atos sai comprometida, é que a legitimidade, é uma qualidade, e não uma posição jurídica.
Confesso, sem receio e já o tendo manifestado em círculos políticos pessoais que alimentei alguma esperança na 1ª eleição deste executivo o que bem cedo se revelou ingenuidade da minha parte, mas se o 1º mandato desiludiu no conteúdo o 2º desilude não só no conteúdo mas também na forma.
Infelizmente tarda o fim desta gestão socialista que nos mergulhou numa imensa noite sem fim.
Mas, ainda há tempo para pedir desculpa por actos tão desastrados e tão fora de contexto, e que bem ficava, pedir desculpas pelas últimas prioridades: carros e cães.
É que mesmo num enfadonho fim de mandato, opções estruturantes em carros e postes de vedação é “ poucochinho “ Tomar merece mais.
PAULO MENDONÇA
Desvario, é o único comentário que merece esta compra.
Uma câmara endividada, uma câmara sem dinheiro, adquire uma viatura topo de gama?
Porquê? Para quê?
Vaidade? Frustração? Socialismo? Vontade de ajudar a economia na Alemanha? Projeto templario?
Vivemos onde?
Que quer a Presidente da Câmara? Fazer de conta? Sentir-se importante?
Ou nem decidir sabe, e foi mal aconselhada?
Será certamente uma espécie de maldição do cargo. Uma sina, por assim dizer. Já o sr. Carlos Carrão, PSD, também resolveu comprar o Opel Insígnia (agora usado pelo vice Cristóvão), quando sentiu que o chão lhe começava a fugir debaixo dos pés. O que se veio a confirmar, de forma algo inesperada para muitos, em Outubro de 2013.
A História nunca se repete, é bem verdade. Mas a pequena e tacanha história local…
Senhora presidente DEMITA-SE RUA