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Aquilo que até há 100 anos era uma horta é hoje uma aprazível zona verde em Tomar em pleno rio Nabão. Foi em 1925 que a câmara comprou o Mouchão, conforme assinala o arquiteto Costa Rosa no livro “Tomar Perspectivas – 1991 – “Evolução da Fisionomia Urbana, Arquitectónica e Construtiva de Tomar”.
“(…) ao adquirir o Mouchão, em 1925 a câmara de então prestou a Tomar e aos tomarenses um serviço dum valor incalculável ofertando-lhes uma zona verde de encanto no próprio coração da cidade, no meio dum rio de sonho e poesia que é o enlevo de naturais e forasteiros”, escreve Costa Rosa.
Foi nessa altura que passou a funcionar no Mouchão um cinema ao ar livre, juntamente com o ringue de patinagem e o restaurante que já existia quando a ilha era explorada por particulares e os barcos de recreio “que continuam a navegar ainda hoje pelas tranquilas águas do Rio grande de Tomar”.
Costa Rosa refere-se à estalagem de Santa Iria que continua ali a funcionar. Já o mesmo não se pode dizer do cinema ao ar livre, dos barcos de recreio, nem do ringue de patinagem.
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