Sociedade

Cadeia alimentar da indústria tomarense

Opinião de Guilherme Silva (PSD)

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O paradigma da atração e fixação de novas empresas, aliada à métrica do crescimento económico está diretamente relacionado com a gestão estratégica implementada por qualquer município, independentemente do seu quadrante político.

Consultando a informação disponibilizada pela CM Tomar relativamente ao gabinete de apoio ao investidor mais conhecido por TomarInveste é referido, entre outros aspetos, que se “pretende reforçar a competitividade dos setores mais tradicionais e capturar investimento em novas áreas de atividade”.

Toda esta dinâmica aparenta ser a chave de sucesso para responder aos problemas económicos e financeiros do concelho tomarense.

Porém, importa relembrar aos leitores os efeitos secundários associados ao fenómeno da desindustrialização decorrente nas últimas décadas, onde as economias minimizavam a exposição do peso da indústria, no produto e no emprego!

No concelho de Tomar, e sob o lema “trabalhar o presente, investir no futuro” o TomarInveste parece romper ou até mesmo ocultar os problemas passados na industria tomarense.

Senão vejamos:

  • No sector da madeira: insolvência da Platex;
  • No sector da metalomecânica e serralharia: insolvência da empresa Tonera;
  • No sector do papel: insolvência da fábrica do Prado;
  • No sector automóvel: Deslocalização da Aral para Torres Novas;
  • No sector tecnológico: fecho do escritório da Critical Software.

Atualmente a empresa Temahome encontra-se em risco de insolvência, lutando para não ser mais um dos bastiões a cair em terras nabantinas.

Ora, sem crescimento económico, o concelho não é viável!

É fundamental colocar economia local a produzir mais bens e mais serviços. Para isso, precisamos de um motor. De um motor que não gripe, nem ande aos solavancos.

Não basta anunciar mudança de nome da Zona Industrial para Parque Empresarial, nem putativos investimentos de milhões que vão caindo em saco roto.

Urge sim, responder às necessidades das atividades já instaladas reforçando o empenho em promover ações para atrair os jovens para o tecido empresarial, encontrando soluções que visem a qualificação e requalificação dos recursos.

A nossa economia precisa de investimento e os investidores precisam de estabilidade e de previsibilidade.

É difícil encontrar a resposta sobre como pôr a economia a crescer, mas a história económica indica-nos que não se devem descurar os acontecimentos passados e os impactos reais causados na sociedade.

Guilherme Silva
Vogal do PSD de Tomar

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2 comentários

  1. De acordo. Acontece que se a gestão PS nao não incrementou um programa de atração de investimento para a captação de novas indústrias, foi na e com a gestão PSD que a economia tomarense afundou. Pior, foi com o PSD que conseguiram convencer os tomarenses que bastava o turismo para Tomar continuar a ser o que sempre foi: uma terra de progresso e de atração de população. Aconteceu tudo ao contrário e de Tomar sai a população ativa; ficam os reformados do passado. Só não vê o erro quem não quer.

    1. Tem tosa a razão Sr Pina eu fui um dos que abandonei Tomar nos governos Paiva quando vi destruir as iniciativas dos empresários locais e não locais. A ganância das taxas e licenças camarárias há décadas que é a ruína desta antiga cidade pois quem cá viveu em outros tempos não lhe pode chamar o que já não é.

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