
Caíram por terra os crimes de burla qualificada na forma continuada e de falsificação de documento de que estava acusado um advogado de Tomar.
No tribunal de Santarém foi lido hoje o acórdão sobre o caso, cujo julgamento já tinha começado em novembro do ano passado, e os juízes decidiram pela absolvição dado não haver provas que incriminassem o advogado.
O próprio procurador, nas alegações finais, acabou por pedir a absolvição dos arguidos, onde se incluía também a funcionária do escritório do advogado e uma cunhada deste.
Não ficou provada a falsificação de documentos para ficarem com uma avultada quantia em dinheiro e imóveis do vasto património da idosa de 86 anos, falecida em 2019, e representada no julgamento pela sua afilhada.
Ao contrário do que estava escrito na acusação inicial, ficou provado que a idosa estava lúcida e ciente das suas decisões quando assinou as procurações e as escrituras de venda do seu património.
Apesar disso, a presidente do coletivo de juízes disse que “toda a prova produzida em julgamento está longe de ser cristalina, pelo contrário, é inconclusiva ou até obscura”, segunda a Rede Regional. Mas “perante as muitas dúvidas sobre o que realmente se passou”, terá de se respeitar o princípio da presunção da inocência.