Nesta altura do ano, com a aproximação do Natal, muitas casas apresentam-se ornamentadas e iluminadas com motivos natalícios.
Se há moradores que se limitam a instalar algumas luzinhas a piscar nas janelas e varandas, outros investem de forma empenhada na ornamentação e iluminação de Natal.
Exemplo disso é o que acontece na rua das Mimosas, ali para os lados de Palhavã de Baixo, em Tomar, onde mais uma vez este ano parece haver competição entre os moradores para saber quem é que consegue mais iluminação de Natal.
Nesta rua que liga Marmelais a Palhavã, é possível apreciar duas moradias com centenas de luzinhas de Natal nas paredes, no telhado, nas janelas e portas. Numa dela até há projeção de imagens alusivas ao Natal nas paredes e noutra está um presépio feito com luzes.
Mas um pouco por toda a cidade vemos varandas, portas e janelas iluminadas com luz a piscar em alguns casos a assemelhar-se a discotecas.
Vale a pena dar uma volta pela cidade e apreciar o empenho e criatividade dos moradores.
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Foi assim em 2021:
A Poluição Luminosa (PL) é uma das formas de mais insidiosas e silenciosas de (auto)-destruição ambiental. Estamos a alterar o ciclo natural dia-noite – impondo uma grande alteração nos ecossistemas nocturnos (sim há vida animal durante a noite e não é pouca) – ao termos estes actuais níveis de iluminação excessiva (mal concebida, mal instalada, sem regras de bom senso). Em Portugal temos um gasto per capita na iluminação pública que é mais do dobro de Países muito industrializados (como UK ou Alemanha). Iluminamos mal – muitas vezes em quantidade e não em qualidade, e todos sabemos (e pagamos bem) – o custo excessivo da energia no nosso País. Nesta época natalícia agravamos ainda mais os índices de PL. Se queremos ser sustentáveis, teremos de fazer por isso (e não simplesmente falar…), teremos certamente de fazer sacrifícios e consumir menos. Todas as formas de conversão de energia (todas – mesmo as ditas energias “verdes”) impactam negativamente o ambiente. Os dados geofísicos não param de nos mostram isso. Podemos e devemos festejar esta época natalícia com moderação e respeitando o ambiente (do qual dependemos em 100%). “O meu é maior que o teu” tem limites 🙂
Eu não direi “o meu é maior que o teu”, mas lá que trabalha bem às escuras, lá isso trabalha. E a prova é que nunca tive reclamações…! Moral da história : iluminação dispensável.