
Após a polémica abertura do mercado municipal de Tomar na sexta feira, dia 20, dia de greve da administração local, em que a vereadora Rita Freitas (PS) e um antigo funcionário foram identificados pela PSP, o presidente da câmara interpelou dois dirigentes sindicais nos seus postos de trabalho, proibindo o uso dos e-mails dos trabalhadores do Município e/ou a afixação de propaganda ou comunicados sindicais sem prévia autorização/aprovação superior.
A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) que no dia de greve chamou a polícia para identificar a autarca e o funcionário reformado por furarem a greve e abrirem as portas do mercado.
A PSP elaborou o respetivo auto, que foi entretanto remetido para o DIAP – Departamento de Investigação e Ação Penal de Tomar.
No dia de greve em que os funcionários da câmara em serviço no mercado não foram trabalhar, a vereadora e o antigo funcionário abriram as portas do mercado. Na altura, os sindicalistas chamaram à atenção para a “ilegalidade” e “autêntico atropelo à Constituição e ao Código de Trabalho”.
Depois disto, o presidente da câmara emitiu um comunicado a justificar a decisão e a garantir que não houve qualquer atropelo à legalidade.
A resposta não ficou por aqui. Hugo Cristóvão foi ter com os trabalhadores dirigentes sindicais na câmara e ameaçou-os proibindo o uso de emails da câmara e a afixação de propaganda do sindicato.
Isto vindo de um autarca que ajudou a fundar um sindicato quando era professor – SPLIU Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades – e distribui cravos pela cidade quando se comemora o 25 de abril.
“Além de violar descaradamente um direito consagrado na Constituição – o exercício livre da actividade sindical, um dos pilares incontornáveis da nossa Democracia –, este inaceitável e abusivo comportamento é um inaceitável ataque a direitos consagrados ACEP subscrito em Outubro de 2023 entre o STAL e este mesmo executivo municipal (ACEP 80/2023 – Cláusula 18.ª, n.º 2 – publicado no Boletim do Trabalho e Emprego n.º 37 de 08/10/2023)”, critica o STAL.
Essa foto mostra o que ele é, um parolo com mania que é presidente.
infelizmente ele é mais qualquer coisa do que parolo e não é nada bom, agora em relação a ser presidente é mesmo verdade não é só mania infelizmente….
Se os vereadores, presidente, seja quem for da Câmara Municipal de Tomar, tem acesso às chaves, abrir as portas do mercado em nada viola o Direito à Greve, pois exercem o seu dever de garantir a segurança e o normal funcionamento social dos munícipes em instalações públicas.
Tenho que ressalvar a piada que estas centrais sindicais (raptadas por alguns partidos como é de conhecimento público) me geram…
Tanto querem proteger os direitos dos trabalhadores que neste caso esquecem-se que para defender o direito de 4 colocam em causa o direito de dezenas, muitos deles com muitíssimas dificuldades socioeconómicas e cuja única fonte de rendimento provém das vendas no mercado.
Afinal a central sindical é “amiga” de quem trabalha ou apenas de quem paga a quota? Pois, esta é a diferença entre quem se preocupa em defender os direitos dos outros e quem se preocupa em defender os próprios interesses.
Em primeiro lugar deve estar a garantia de que nenhum trabalhador é prejudicado pelos direitos de outros (a liberdade de um acaba quando interfere com a do outro), o que não se verificava neste caso.
Decisão correcta por parte da Câmara.
no que toca a greves quem paga é sempre o mesmo…e no caso de Tomar o mesmo é endinheirado…..
Querem ver que agora ninguém votou neste individuo para presidente?
isso é um facto….
Ninguém votou nele. Foi eleito por nomeação por ser o nr. 2 a seguir à presidente demissionária. Convém estar a par dos assuntos antes de atirar postas de pescada para o ar…
Não sei o que lhe deveria explicar primeiro, se a definição de ironia, ou o facto de ninguém poder ser eleito por nomeação.
Para me explicar melhor, o indivíduo em causa foi eleito (nas eleições) vice presidente e mais tarde nomeado (sem eleições) presidente.
Saudações
De mal a pior. Quanto mais escrevem sobre o assunto, mais complicado ele fica. No péssimo sistema eleitoral que temos, os eleitores não escolhem pessoas mas listas, bandos ou quadrilhas, consoante os casos. O primeiro eleito da lista é presidente da Câmara, quando essa lista consegue mais votos que as outras. Os eleitos seguintes são vereadores, até ao limite de seis, sejam dessa ou de outras listas, em função dos votos conseguidos. Neste caso, o vereador eleito em segundo lugar subiu à presidência, quando a presidente, contrariando o seu juramento de cumprir com lealdade as funções confiadas, foi pastorear hoteleiros e profissionais de turismo para outros lados, para melhorar as seus fins de mês, que a vida custa a todos e está pelas ruas da amargura, como bem sabemos.