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O estado do Concelho, segundo o Chega

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O deputado municipal de Tomar do Chega, Américo Costa, fez uma análise crítica ao “estado do Concelho”, na sessão extraordinária da Assembleia Municipal realizada no dia 17 de junho.

À semelhança do que temos feito com as outras forças partidárias, publicamos a intervenção do Chega:

“Parafraseando uma frase famosa e adaptando ao estado do nosso Concelho, podemos dizer que “há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que o concelho de Tomar chegou”.

Há uma flagrante discrepância entre a realidade e a imagem que os autarcas querem fazer passar, uma realidade virtual que não corresponde a dura realidade económica, social e cultural do Concelho. Uma coisa é aquilo que nos tentam impingir através de uma máquina poderosa de comunicação e o controlo absoluto de alguns órgãos de comunicação social, outra coisa são os problemas que os munícipes se deparam no dia-a-dia.

Os autarcas da maioria fecham-se nos gabinetes e perdem a noção da realidade do Concelho.

Vemos obras de fachada, com sucessivos erros de projeto, soluções atamancadas, obras executadas que depois não são utilizadas de que é exemplo os sanitários públicos da Várzea Grande.

Por exemplo, em termos de habitação favorecem determinados grupos em detrimento de outros.

O problema da habitação não se limita ao Flecheiro. Há pessoas nas aldeias a viverem em condições extremamente degradantes. Torna-se fundamental que políticos e técnicos saiam dos gabinetes e vão conhecer essa dura realidade de pobreza envergonhada que existe em muitas aldeias do nosso concelho.

Com a comunicação social quase totalmente manietada e manipulada, e com uma oposição fofinha na Câmara, resta pouco espaço para uma análise crítica da realidade e para uma visão abrangente e coerente do concelho.

A nível de saneamento básico continuamos com uma percentagem de cobertura que nos envergonha. A maior parte dos concelhos aqui à volta tem quase 100 por cento de cobertura nesta área. Isto para não falar do crónico problema da poluição do nosso e querido rio Nabão.

Até mesmo em termos de abastecimento de água, em algumas zonas parece que vivemos na Idade Média. A propósito, o grupo Chega manifesta aqui a nossa solidariedade para com o povo da freguesia da Sabacheira que sofre na pele o problema da falta de água. E são esses consumidores que também vão pagar a água mais cara 20% a partir de agosto.

Enquanto o povo de Tomar sofre com problemas básicos como estes, os autarcas da maioria sorriem para as câmaras da televisão e entretêm-se com eventos e foguetórios numa realidade paralela que tem muito de ficção e pouco de verdade.

A nível interno continua a funcionar a política dos jobs for the boys. Além da nomeação de todo o staff com cartão de militante, dirigentes e assessorias são escolhidos da mesma linha. Nos últimos tempos temos assistido à contratação de dirigentes de coletividades e assim se vai controlando o sistema e agradando às clientelas.

A nível da economia, Tomar continua a perder o comboio do desenvolvimento. Onde estão as prometidas zonas industriais? Onde estão os prometidos centros de incubação de empresas? Onde está a anunciada captação de empresas? Onde estão os terrenos para que grandes unidades de possam instalar?

Estes autarcas da maioria pensam pequenino e contentam-se com superfícies comerciais, como se Tomar se desenvolvesse só com comércio e serviços.

Não há uma ideia inovadora, não há um rasgo de imaginação que consiga colocar Tomar no mapa. A atual maioria limita-se a fazer uma gestão corrente do Município como de um ATL se tratasse.

Os tomarenses merecem mais do que isso. É imperioso afirmar Tomar a nível nacional e até internacional.”

Américo Costa

Chega

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