
Estamos a poucos dias do início de funcionamento da nova empresa Tejo Ambiente, que engloba seis concelhos da região incluindo Tomar, e nada se sabe sobre como tudo vai funcionar. Em Tomar, a nova empresa vai substituir, a partir de 1 de janeiro de 2020, os SMAS – Serviços Municipalizados e os consumidores ainda não receberam qualquer informação sobre esta mudança.
Não há um comunicado, não há um folheto, não há uma conferência de imprensa, não há um site. Na verdade, já existe um site, mas simplesmente não apresenta qualquer informação a não ser a palavra “brevemente” com a imagem de fundo de um lago na Europa central. E isto quando faltam menos de duas semanas para a mudança.
A Tejo Ambiente é presidida por Anabela Freitas, também presidente da câmara de Tomar, que chegou a anunciar o envio de informação pelo correio a todos os consumidores e são mais de 20 mil só no concelho de Tomar. O que é facto é que até hoje (18 de dezembro de 2019) não chegou qualquer informação sobre essa nova empresa que mais parece uma organização secreta.
Se a câmara de Tomar é das autarquias menos transparentes do país, a Tejo Ambiente parece caminhar no mesmo sentido.
Não foram divulgados publicamente os tarifários que vão praticar, onde vão funcionar os serviços, quem dirige a nova empresa, não se conhece a escritura, não se sabe como foi feita a contratação dos funcionários, qual a remuneração dos administradores, não há atas, não há fotos. É um autêntico “buraco negro” quanto a transparência.
Os consumidores estão a ser encaminhados para uma organização sobre a qual nada se sabe. Esta falta de transparência não augura nada de bom, levando a que se levantem suspeitas sobre a gestão da Tejo Ambiente e à apreensão legítima dos consumidores.