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Morreu Júlio das Neves, professor e um dos fundadores do Politécnico

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Aos 98 anos, morreu hoje no hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, Júlio Dias das Neves, um dos fundadores do Instituto Politécnico de Tomar.

Júlio das Neves nasceu no dia 20 de setembro de 1923 na Sabacheira, concelho de Tomar. Licenciado em Ciências Económicas e Financeiras, foi professor e diretor na escola industrial e comercial de Tomar, presidente da comissão concelhia da União Nacional de Tomar, vice-presidente da câmara de Tomar, subdelegado regional da Mocidade Portuguesa em Tomar, vice-presidente da comissão distrital de Santarém da União Nacional e deputado na Assembleia Nacional de 1961 a 1974.

Depois do 25 de abril pertenceu à Comissão Instaladora da Escola Superior de Tecnologia
de Tomar juntamente com os professores José Bayolo Pacheco de Amorim, seu Presidente, e Maria Rosário Baeta Neves. Mais tarde a escola deu lugar ao atual Instituto Politécnico de Tomar.

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Esta instituição está de luto e já publicou uma mensagem onde apresenta as suas condolências a todos os familiares e amigos.

As cerimónias fúnebres estão marcadas para este domingo, dia 3, no cemitério velho de Tomar com cerimónia religiosa no cemitério pelas 12 horas.

julio dias das neves 2

 

Biografia

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3 comentários

  1. Tristeza! Tomar está a ficar cada vez mais reles. Agora até os (poucos) jornalistas honestos e competentes já se vão abandalhando, como é o caso. Ao contrário do que se escreve no título, o Dr. Júlio da Neves não fundou coisa nenhuma. Foi um fiel servidor do regime anterior, uma opção muito corrente e proveitosa nesses tempos, que se aceita, contudo nunca teve um rasgo sequer de audácia.
    O Politécnico de Tomar foi fundado pelo governo ditatorial anterior ao 25 de Abril, ao mesmo tempo que o da Covilhã (agora Universidade da Beira Interior), por uma equipa técnica do MInistério da Educação Nacional, liderada pelo tomarense Prof. Dr. Fraústo da Silva (filho do falecido advogado e oposicionista de então, Dr. Antunes da Silva, que chefiou a comissão administrativa da Câmara Municipal, logo após o 25 de Abril).
    Na altura da fundação do politécnico, estava-se em Portugal na primavera marcelista, com um ministro da educação formado em Londres, tal como Fraústo. Estrangeirados portanto. Quando mais tarde foi convidado para a comissão instaladora do politécnico de Tomar, Fraústo da Silva, que conhecia bem os tomarenses, declinou o convite, por considerar que havia equívocos graves nos cursos previstos, e veio a ser seguido por várias outras personalidades.
    De tal forma que, sendo imprescindível um doutorado, só o Prof. Dr. Pacheco de Amorim, então idoso e que já conhecera melhores tempos, aceitou o encargo. Convidou então o licenciado Dr. Júlio das Neves e a licenciada Drª Rosário Baeta Neves (afilhada de Júlio da Neves e professora do então ciclo preparatório -2º ciclo do ensino básico) para o secundarem. Homem de extrema direita fascisante, Pacheco de Amorim deu ao Politécnico de Tomar uma orientação que pouco ou nada o prestigiou, nomeadamente com os desaparecidos estudos de portugalidade e de arte lusíada.
    Um dos cursos superiores inicialmente previstos para o politécnico de Tomar -o de engenheiro técnico papeleiro- nunca chegou sequer a funcionar, porque entretanto as fábricas que havia foram à falência, com exceção do Prado, que só fechou mais tarde.
    Em conclusão, o Dr Júlio das Neves (paz à sua alma, porque sempre procurou ser um homem justo) não fundou coisa alguma. E a condecoração que há pouco lhe foi atribuída, alegando a fundação do politécnico, além de desonesta, revela falta de vergonha de ambas as partes. Da srª presidente da Câmara que, como socialista encartada, devia coibir-se de homenagear figuras gradas do antigo regime ditatorial, que a tantos perseguiu, prendeu e torturou. Do agora falecido condecorado que não devia aceitar honrarias da parte de representantes dos antigos inimigos políticos. Designadamente porque o seu mentor, Salazar, escreveu algures que “Deus manda perdoar, mas não manda esquecer”.

  2. Sr. Vasco Ataíde não consegui atingir , diga cá o que pretende dizer , se:
    ” TUDO PELA NAÇÃO NADA CONTRA A NAÇÃO ”
    ou
    ” O POVO É QUEM MAIS ORDENA ”
    Para ver se aprendo algo , mesmo depois de velho gosto de a praticar !

  3. Em Tomar, entre os tomarenses rasos, há alguma diferença de facto entre o painel de antes e o painel depois colocado na escadaria nobre da choldra?
    Chocado com o termo “choldra”? Peço desculpa mas não sou o autor. Pertence ao rei D. Carlos, na conhecida frase em que se referia a Portugal, “Isto não é um país, é uma choldra!”.
    Já o grande educador da classe operária que foi Arnaldo Matos, lider do MRPP, tinha uma opinião diferente, todavia convergente com o rei D. Carlos: “É tudo o mesmo puted0!”
    Já está mais esclarecido, sr. Oliveira?

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