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“Acho que nunca me senti tão lixo”. Jovem tomarense discriminado

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Desde que começou a utilizar uma cadeira de rodas para se movimentar, Lourenço Madureira Miguel, jovem tomarense que sofre de uma doença neurológica grave, tem sido alvo de algumas atitudes discriminatórias.

Mas o que aconteceu esta semana, diz ele, “foi mais grave”. “Acho que nunca me senti tão lixo, tão de fora do que todos estão à espera. Do que querem ou desejam”, desabafou.

O caso ocorrido em Lisboa mereceu destaque no Jornal de Notícias na sua edição desta sexta feira, dia 17.

Segundo o seu relato, um motorista de uma plataforma de transporte de passageiros em veículo descaracterizado (tipo Uber) recusou-se a transportá-lo por ter uma cadeira de rodas consigo. “O condutor disse que não tinha de levar a cadeira porque só transporta passageiros, não leva mercadoria”, revelou Lourenço ao JN.

A estudar medicina em Lisboa, Lourenço tem de se deslocar nos transportes e vai somando histórias de discriminação.

“Já ouvi de tudo, já me disseram que não são obrigados a transportar pessoas do meu tipo”, relata ao JN. Ao mesmo jornal, a Associação Salvador diz que recebe “dezenas de queixas diárias” sobre este problema.

Filho do arquiteto Nuno Madureira e da artesã Blocas Moreira Pires, Lourenço nasceu em Tomar há 21 anos, estudou no antigo Liceu e atualmente vive e estuda medicina em Lisboa.

No ano passado lançou o livro “Vida entre Linhas” no qual relata a sua história.

 

 

Motorista nega jovem em cadeira de rodas: “Disse que só transporta passageiros, não mercadoria”

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