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Programa Polis arrancou há 20 anos em Tomar

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Foi a 9 de dezembro de 2002 que decorreu em Tomar a apresentação do programa Polis e o descerramento do relógio Polis na rotunda Alves Redol pelo então secretário de estado do ambiente, José Sócrates.

Um programa que, apesar de não ter sido cumprido na totalidade, deixou uma marca com várias obras na zona ribeirinha do rio Nabão.

Tomar foi a única cidade do distrito de Santarém a beneficiar deste programa, cuja candidatura apresentada no mandato de António Paiva (PSD) enquanto presidente da Câmara foi aprovada por José Sócrates (PS).

Na altura, através do Polis, prometia-se uma “nova cidade” em Tomar com incidência na zona do Flecheiro. Com um orçamento total de 25 milhões de euros, apontavam-se como principais objetivos a requalificação ambiental do rio Nabão, criação de um contínuo de zonas verdes na cidade, construção de um percurso pedonal e ciclovia e recuperação urbanística e ambiental de zonas degradadas.

A última obra do programa foi a ponte do Flecheiro inaugurada a 23 de dezembro de 2008.

 

Recordemos uma notícia da agência Lusa de 22.07.2004

Polis constrói «nova cidade» em Tomar

Um novo espaço comercial, estacionamentos, um museu e novas barreiras sobre o rio Nabão são algumas das propostas do Programa Polis de Tomar para o Flecheiro, construindo uma «nova cidade» na zona mais degradada do centro urbano.

O Plano de Pormenor do Flecheiro vai ser apresentado, hoje, à noite aos munícipes e propõe o fim do bairro degradado que aí se encontra, a transferência da feira semanal e mesmo do próprio edifício do mercado, bem como a remoção das oficinas e sucatas existentes no local. Com 62 hectares, o Flecheiro constitui uma zona muito degradada, perto do centro histórico, junto à margem direita do rio Nabão que vai ser «totalmente requalificada», explicou António Paiva, presidente da Câmara de Tomar, à Agência Lusa.

«É uma das intervenções mais emblemáticas do Polis», com um investimento total de 7,5 milhões de euros, afirmou o autarca, salientando que o processo de transferência dos cerca de 100 habitantes do bairro degradado já foi iniciado, estando previsto o seu realojamento junto à zona industrial do concelho.

Este plano de pormenor vai incluir também o antigo Fórum Romano da cidade, onde deverá ser construído um novo museu, depois de uma permuta de terrenos com os seus proprietários. O equipamento, classificado pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) está ao abandono e com esta solução, a autarquia pretende, em articulação com o Instituto Politécnico de Tomar, recuperar aquele local. «Estamos disponíveis para ceder terrenos noutros locais da cidade», afirmou António Paiva, que se mostra preocupado com o estado de conservação do equipamento.

Para aquele local, chegou a estar prevista a construção de um prédio, mantendo o fórum protegido ao nível do solo, mas a proposta nunca chegou a sair do papel. No que diz respeito à feira semanal, o plano de pormenor prevê a sua transferência para Marmelais, mais a sul e na margem oposta do rio, admitindo também a remoção do edifício do mercado. Caso esta proposta não vingue, a autarquia prevê a construção de um grande centro comercial, denominado Fórum Tomar, que poderá ter o mercado no seu interior.

Além destes projectos, o plano de pormenor prevê também a construção de uma nova ponte e arranjos exteriores das margens do rio Nabão, aumentando em metro e meio a cota de construção e o leito de cheia, ao construir uma varanda sobre o curso de água.

«Toda a zona do Flecheiro sobe cerca de metro e meio para evitar as cheias», criando uma “barreira” junto às margens e um espaço de «esplanadas entre o rio e as casas», que terão de recuar cerca de cinco metros em casos de novas construções. Em troca desta cedência de terrenos ao interesse público, os privados poderão «optar pela reconstrução em altura.» Com esta solução, será possível «diminuir os efeitos das cheias» durante o Inverno, através de um escoamento mais rápido do rio Nabão nos períodos de maior precipitação, salientou o autarca. A discussão pública deste plano de pormenor termina dia 15 de Setembro”.

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2 comentários

  1. Uma das maiores vigarice alguma vez levada a cabo em Tomar, durante o reinado do africano, prepotente e autocrático, que desvirtuou quase completamente os dinheirorasrass públicos a aplicar no âmbito do Polis. Desde obras mal conseguidas e outras nunca levadas a cabo, as verbas depressa se esfumaram e nem metade do programa foi concretizado.
    É no que dá oferecer o poder a um incompetente vaidoso e arrivista . Ainda hoje estamos a pagar a factura dessa incompetência com as obras do Flecheiro por realizar, os ciganos por realojar na sua totalidade e o peso da responsabilidade que lhe competia a recair nos ombros dos que lhe sucederam.

  2. Uma festa e uma feira de projetos à moda do “Tomar moderno”, sem indústria e com turistas. O que ficou disso? Empregos qualificados? Reconversão das indústrias tradicionais? Novas empresas tecnológicas criadoras de riqueza? Consolidação e ampliação de serviços públicos? NADA, antes pelo contrário. São 25 anos, pior do que parados, a andar para trás.

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