
Com fim anunciado para 31 de dezembro de 2019, os SMAS – Serviços Municipalizados de Tomar vão ser substituídos pela nova empresa Tejo Ambiente – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Médio Tejo, alargada aos municípios de Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal e Vila Nova da Barquinha.
A sede vai ser em Ourém e a presidente do conselho de administração vai ser Anabela Freitas, a presidente da câmara de Tomar.
E para onde vão os 112 trabalhadores dos SMAS? Como vai ser o processo de transição? Quem conhece os estatutos da nova empresa? Quem faz parte da administração e qual a sua remuneração? Quais as tarifas a praticar? Estas são algumas de muitas questões que continuam por responder numa processo marcado pela opacidade.
Numa altura em que ainda há muitas dúvidas por esclarecer sobre este processo de transição, o PCP de Tomar emitiu um comunicado no qual critica o fim dos SMAS que “não serve nem os interesses do Município, nem os dos trabalhadores dos SMAS e muito menos os dos munícipes”.
No comunicado, o PCP manifesta a sua solidariedade “para com todos os trabalhadores dos SMAS que se encontram a trabalhar em Tomar e não pretendam ir trabalhar para Ourém” e exorta a que sigam o seu sindicato de classe.
Transcrevemos o comunicado na íntegra:
Comunicado da Comissão Concelhia do PCP de Tomar
A extinção dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, vulgo SMAS, de Tomar, é uma importante e significativa alteração que não serve nem os interesses do Município, nem os dos trabalhadores dos SMAS e muito menos os dos munícipes, por conter todos os ingredientes que poderão levar à privatização deste setor público, o que a acontecer porá em causa o princípio da universalidade no acesso, a equidade nos tarifários aplicados, o direito humano à água e ao saneamento como bens públicos.
A criação da nova empresa TEJO AMBIENTE – EMPRESA INTERMUNICIPAL DE AMBIENTE DO MÉDIO TEJO, S.A., E.I.M., com sede em Ourém, vai assumir a exploração e a gestão dos sistemas municipais de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos de 6 concelhos, Ferreira do Zêzere, Mação Ourém, Sardoal, Tomar e Vila Nova da Barquinha.
De facto a extinção ou “adormecimento” dos SMAS e passagem para a nova empresa cria um mundo de incertezas aos trabalhadores em relação ao seu vínculo futuro.
A nova empresa vai impor a um número significativo de trabalhadores dos SMAS que passem a ir trabalhar para Ourém, onde ficarão concentrados os serviços administrativos, contabilidade, recursos humanos e compras.
A concelhia do PCP de Tomar vê com muita apreensão o facto de a Sra. Presidente da Câmara Municipal de Tomar, futura Presidente do Conselho de Administração da nova empresa, não ter ainda recebido os dirigentes sindicais dos trabalhadores.
A concelhia do PCP de Tomar pretende com este comunicado dar a conhecer a sua solidariedade para com todos os trabalhadores dos SMAS que se encontram a trabalhar em Tomar e não pretendam ir trabalhar para Ourém.
A concelhia do PCP de Tomar exorta todos os trabalhadores dos SMAS a seguirem o seu sindicato de classe, a tomarem todas as precauções antes da assinatura de qualquer acordo.
A concelhia do PCP de Tomar apela à unidade dos trabalhadores nesta luta e continuará a acompanhar a situação, intervindo junto dos vários órgãos, incluindo na Assembleia da República.
Tomar, 19 de agosto de 2019
A Comissão Concelhia do PCP de Tomar
Mais uma deslocalização de Tomar. Já tinha acontecido com a PJ, com o Hospital e outros serviços públicos. Nada se ganha e tudo se vai aos poucos. Ficam os reformados, o Convento e a Festa Grande. E basta para a felicidade local.
Uma vergonha, escandaloso, mais um tacho para essa imbecil, mas povo só dorme! Cambada de patos bravos mais mansos!
Mais uma vez Tomar é prejudicada por tomarenses cujo objectivo é usar a coisa pública para tirar partido pessoal dos cargos. Tomarenses que vendem Tomar por um prato de lentilhas não olham a meios para atingir os seus inconfessáveis interesses. não olham a meios para atingir os seus fins pessoais, passam por cima de tudo e de todos. Pelo que entendi já conseguiu o lugar de presidente, da nova e futura empresa assim, não vai para o desemprego. Tomar, autarca após autarca tem perdido tudo. Mas esta presidente está a acabar com o resto. Está a conseguir Tomar numa aldeia do País com uma Câmara.
Depois do que se passou com os motoristas das materias perigosas fica bem ao PCP fazer ver que se preocupa com os trabalhadores. Pena é que os que não sendo da CGTP parece serem vistos quase como inimigos de classe.