
A pandemia fez reduzir para metade o número de passageiros nos TUT – Transportes Urbanos de Tomar. Segundo dados oficiais dos operadores, transmitidos à câmara de Tomar, em 2020, ano de pandemia, viajaram nos TUT 54.768 passageiros, enquanto que em 2019 foram 113.450 os que utilizaram os mini-autocarros da autarquia.
É a linha Azul que regista maior movimento: 32.411 passageiros, enquanto a linha Verde soma 22.357 passageiros em 2020.
Vários fatores contribuíram para a redução de passageiros em ano de pandemia, que começou em março de 2020: confinamento, redução do número de autocarros e limitação do número máximo de passageiros.
Os reflexos desta situação fizeram-se notar nas receitas que também ficaram reduzidas a menos de metade: 102 999,56 euros (2019) e 48 613,65 euros (2020).
Na parte das despesas, a redução não foi tão grande em termos globais: 265 832,94 euros (2019) e 218 288,69 euros (2020). Mas, em ano da pandemia a cobertura da despesa foi inferior ao ano anterior (22,27%) (ver tabela), o que significa um agravamento do défice.
TUT Tomar
2019 | 2020 | |
Nº passageiros | 113 450 | 54 768 |
Receita | 102 999,56 euros | 48 613,65 euros |
Despesa | 265 832,94 euros | 218 288,69 euros |
% Cobertura da despesa | 38,75% | 22,27% |
Há mais de dois anos que a câmara não divulga estes e outros dados no seu site, conforme se pode confirmar aqui.
A nível nacional:
Pandemia tira metade dos passageiros aos transportes públicos
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É provavelmente um serviço que precisa de um pequeno ajuste:
Solução A:
– Aumentar o preço para o serviço dar um bom lucro, e permitir reinvestir na rede para melhorar a mesma, além é claro de eliminar a dívida.
Solução B:
– Acabar com a prestação deste serviço.
A solução B é a de mais fácil implementação, e menos polémica, porque dizem “os clientes não cobrem sequer os custos de prestar o serviço, por isso não é sustentável” e está justificado.
A solução A é a de mais difícil implementação e mais polémica porque ninguém quer pagar nada, e menos ainda pagar 3, 4, 5 vezes mais que o preço anterior, só para que a prestação do serviço se consiga efectivamente financiar a si mesma… e aplica-se sempre aquela teoria que se for demasiado dispendioso as pessoas preferem outras alternativas, se existirem (a pé, bicicleta, veículo próprio, partilha ilegal de veículos, etc.).