Economia

Os segredos dos ‘High Rollers’: O estilo de vida dos que apostam alto na vida

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Vivemos numa era onde o risco se tornou moeda corrente. De criptomoedas voláteis a carreiras que implodem com um tweet, a incerteza é o novo normal. Mas enquanto a maioria busca segurança, uma minoria escolhe nadar contra a corrente — os high rollers, indivíduos que transformam o risco em arte.

Seja numa start-up disruptiva, numa encosta gelada ou numa plataforma como a Biz bet, onde apostas altas são rotina, esses indivíduos desafiam a lógica convencional. O que os motiva não é o dinheiro, nem a fama, mas algo mais primitivo: a necessidade de provar que, mesmo num mundo cada vez mais previsível, ainda há espaço para o impensado.

Este é o universo dos que vivem no fio da navalha, onde cada decisão é um cálculo entre glória e desastre. E se, no passado, esses perfis eram restritos a salões de jogos ou expedições suicidas, hoje proliferam em Wall Street, metaversos e até em ecrãs de smartphones. A pergunta que persiste é: o que separa um aventureiro de um high roller? A resposta pode estar numa combinação de biologia, ritual e uma pitada de ilusão — ingredientes que, juntos, revelam por que alguns estão sempre dispostos a apostar mais alto.

A neurociência da ousadia: Por que o cérebro adora uma aposta

O cérebro humano não foi feito para a estabilidade. Evoluiu em ambientes hostis, onde sobreviver dependia de decisões rápidas sob pressão extrema. Hoje, essa herança ancestral manifesta-se em salas de reuniões, picos gelados ou cassinos de luxo. Estudos mostram que situações de alto risco ativam o sistema de recompensa cerebral, libertando dopamina — o mesmo neurotransmissor associado ao prazer do sexo ou de uma vitória inesperada. Para os high rollers, porém, não se trata apenas de buscar o prazer, mas de domar o medo.

 

Alpinistas como Alex Honnold, famoso por escalar El Capitan sem cordas, descrevem um estado de “fluxo” durante os momentos mais perigosos: uma concentração tão intensa que o tempo parece parar. Neurocientistas comparam esse estado ao de jogadores profissionais em tilt, imersos numa partida decisiva. Ambos compartilham uma hiperatividade no córtex pré-frontal, região responsável por cálculos rápidos e supressão de emoções disruptivas. É como se, diante do abismo, o cérebro desligasse tudo que não fosse essencial — incluindo o instinto de autopreservação.

 

Mas há um paradoxo: quanto maior o risco, maior a sensação de controle. Investidores como Warren Buffett falam em “margem de segurança”, enquanto jogadores de pôquer calculam odds precisas. Ambos sabem que o acaso existe, mas acreditam que a habilidade pode inclinar a balança. Essa ilusão, porém, é o que os mantém no jogo. Afinal, como disse um trader de Wall Street: “Se achasse que era só sorte, já tinha ido para casa.”

Rituais, superstições e o mito do domínio total

Observe um high roller em ação e notará padrões curiosos. Um empresário que só fecha negócios às terças-feiras. Um jogador que toca três vezes na mesa antes de apostar. Um grafiteiro carrega sempre os mesmos pincéis para pintar muros. São rituais que, à primeira vista, parecem irracionais — mas escondem um propósito profundo.

 

Na psicologia do risco, rituais funcionam como âncoras emocionais. Reduzem a ansiedade ao criar uma sensação de ordem no caos. Em cassinos, é comum ver jogadores assoprarem dados ou murmurarem frases antes de um lançamento. Não é diferente nos mercados financeiros: analistas usam modelos matemáticos complexos, mas muitos admitem seguir um “pressentimento” que desafia a lógica.

 

O que separa um supersticioso de um estratega? Para os verdadeiros high rollers, a linha é ténue. Elon Musk, ao investir em SpaceX e Tesla, agiu como quem faz um all-in: ignorou críticas e estatísticas desfavoráveis. Mas, por trás da ousadia, havia horas de estudo obsessivo. É aqui que a filosofia do risco se revela: os maiores apostadores não confiam apenas na sorte — dominam o jogo o suficiente para saber quando quebrar as regras.

O custo que não se vê: quando a aposta alto demais

Viver no limite tem um custo. Para cada história de sucesso, há dezenas de tragédias silenciosas. O mesmo cérebro que liberta dopamina nas vitórias sofre com cortisol crónico — o hormônio do stress — nas derrotas. Muitos high rollers enfrentam insónias, vícios ou relações desfeitas pelo vício na adrenalina.

 

Em 2012, o investidor Aubrey McClendon, pioneiro do fracking, perdeu mil milhões de dólares em um dia. Anos depois, morreu num acidente de carro envolto em dívidas. Já Johnathan Goodwin27, dublê conhecido por sobreviver a explosões propositais, quase morreu durante gravações para um programa de TV. Ambos os casos revelam um lado sombrio: o risco, quando vira identidade, pode corroer o limite entre coragem e autodestruição.

 

Até mesmo os sobreviventes pagam um preço. Psicólogos falam em “síndrome do impostor” entre CEOs e atletas de elite: a sensação de que cada vitória foi um acidente e a próxima aposta será a derrocada. É um eco do que jogadores profissionais chamam de variance — a aceitação de que, por mais habilidosos que sejam, o azar pode triunfar a qualquer momento.

A arte de perder (e recomeçar)

Ser um high roller não é sobre vencer sempre. É sobre aprender a perder com elegância — e voltar à mesa. O pokerista profissional Phil Ivey já perdeu 20 milhões numa noite, apenas para ganhar 30 milhões na semana seguinte. O alpinista Reinhold Messner sobreviveu à morte do irmão no Nanga Parbat, mas continuou a escalar.

 

O que os mantém em pé? Talvez a mesma força que impulsionou os primeiros navegadores a cruzar oceanos desconhecidos: a crença de que, lá fora, há algo maior do que o medo. Hoje, esse “algo” pode ser um pico inexplorado, um algoritmo revolucionário ou simplesmente a próxima jogada.

 

No fim, o segredo dos high rollers não está na coragem, mas na clareza. Sabem que a vida, como uma roleta, nunca é totalmente previsível. Mas, enquanto houver fichas para apostar e montanhas para escalar, continuarão a girar a roda — não por imprudência, mas porque, no fundo, acreditam que o maior risco é nunca ter tentado.

 

 

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