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Em média, a estadia de turistas nos estabelecimentos de alojamento turístico em Tomar é de 1,6 noites. Os dados são do INE – Instituto Nacional de Estatística e referem-se a 2017. Ou seja, os turistas permanecem em Tomar apenas entre um a dois dias.
É nas unidades de turismo no espaço rural e de habitação que as estadias são um pouco mais prolongadas.
Segundo o INE, no concelho de Tomar a média de estadia é de 1,6 na hotelaria, 1,4 nas unidades de alojamento local e 1,9 nas unidades de turismo no espaço rural e de habitação.
E pronto. Para os que pensam que o turismo cultural é a garantia para o futuro da economia tomarense é só fazer as contas. Outros já perceberam que o mais seguro é demandar outras paragens.
Permita-me discordar do seu ponto de vista. Considero que o turismo cultural é a melhor via tomarense para um futuro mais risonho para todos. Não basta porém anunciar e voltar a anunciar que o nosso futuro é o turismo, como tem feito a autarquia. É urgente e indispensável melhorar as estruturas de acolhimento (estacionamento, sinalização adequada, sanitários, informação, guias, alargamento de horários, fiscalização de restaurantes…) e mudar completamente de atitude no que se refere às realizações pagas pela câmara. Perder dinheiro com cada evento é tornar a cidade e o concelho cada vez mais pobres. Porque, quer agrade ou não, é a criação de riqueza, de valor acrescentado, que permite progredir.
Mas é muito mais confortável comprar votos, vender-se, viver à custa do orçamento do estado, como acontece em Tomar. É só comparar com Ourém ou com Leiria.
Comparemos então: Ourém têm alguma indústria, sobretudo ligada a madeiras. Beneficia do turismo religioso de Fátima e da proximidade a Leiria. Leiria é um caso de estudo de desenvolvimento sustentado ligado a indústrias, com grande poder de atração de população. Tudo ao contrário de Tomar. Mas como a fé é que nos salva…