
A propósito do atropelamento mortal na ponte do Flecheiro registado no dia 12, Sérgio Simões, cidadão de Tomar, escreveu ao presidente da câmara municipal imputando responsabilidades à autarquia e defendendo a necessidade de medidas urgentes.
“Tomar na Rede” teve acesso a esse email que a seguir transcrevemos:
Exmos. Senhores,
Escrevo-lhes na qualidade de munícipe profundamente preocupado com o trágico atropelamento mortal ocorrido esta sexta-feira, dia de mercado, na ponte do Flecheiro, em Tomar.
O acidente, que vitimou uma senhora de 74 anos em plena passadeira, volta a expor de forma dramática um problema já conhecido: esta zona é há muito identificada como crítica em termos de sinistralidade rodoviária. Não é o primeiro atropelamento a registar-se naquele local, e, infelizmente, enquanto não forem implementadas medidas eficazes, não será o último.
Importa salientar que a ponte do Flecheiro não é caso único. Existem em Tomar outros pontos críticos de elevada perigosidade, com registos frequentes de situações de risco para peões e automobilistas. É inadmissível que, perante a repetição de acidentes graves em várias zonas da cidade, ainda não tenha sido implementado um plano abrangente de segurança rodoviária.
Neste contexto, cumpre recordar que a Câmara Municipal, bem como as entidades com responsabilidade na gestão e segurança do espaço público, podem ser alvo de ações judiciais intentadas por munícipes ou familiares das vítimas. A ausência de medidas corretivas perante riscos já identificados pode configurar omissão grave no dever de garantir a segurança dos cidadãos.
Assim, solicita-se:
- Que sejam tomadas, de forma imediata, medidas preventivas (melhor iluminação, reforço de sinalização, redutores de velocidade, fiscalização ativa da PSP).
- Que a Câmara informe publicamente quais os planos concretos para resolver não só a situação da ponte do Flecheiro, mas também os outros pontos críticos existentes na cidade.
- Que seja assumido um compromisso claro de responsabilidade perante a população, de forma a evitar que tragédias como a ocorrida se repitam.
Este episódio não pode ser tratado como um caso isolado. É uma questão de segurança pública, de responsabilidade política e legal, e de respeito pela vida dos cidadãos de Tomar.
Por fim, deixo registado que este e-mail serve também como evidência formal da minha preocupação e da notificação à Câmara Municipal, podendo ser utilizado futuramente em sede própria para apurar responsabilidades.
Na expectativa de uma resposta célere e de medidas concretas, apresento os meus cumprimentos,
Sérgio Simões
Munícipe de Tomar
A semana passada alertei via email a PSP-GNR-CMTomar acerca de limites de velocidade que não são respeitados, a ausência de limitadores e sinalização (como lombas e radares etc), a resposta foi de que não haviam registos de sinistros nem incumprimentos na zona que referi mas que iriam estar mais atentos.
Ora se não fazem operações stop e andam só a passear nas viaturas não podem haver registos…devia existir um investimento na prevenção e não ficarem à espera de que aconteca algo para agirem.
A culpa no final é dos cidadãos que não cumprem, e precisam de lombas e PSP em cada curva para moderarem o seu comportamento, crianças em corpos de adultos.
Este é um verdadeiro bom cidadão, com boas ideias e melhor exposição. Lamentavelmente, o seu discurso irá cair em saco roto, pois toda a gente sabe que desta quadrilha que se instalou na câmara não sai nada de bom.
Quando refere está quadrilha, por certo se refere aos autarcas que o povo elegeu nos últimos 25 anos. Ou acha que estes são piores que os anteriores? Puxe pela memória e tire conclusões sobre a decadência de Tomar.
Tomar tem um sério problema com as “passadeiras” de peões. Um problema GRAVE. A Câmara tem de tomar medidas urgentes. Entre outras que possa vir a implementar, tem de criar lombas, mas daquelas que estragam os carros por baixo se o condutor não abrandar (obviamente, bem pintadas / bem sinalizadas). É pena, mas estas coisas só vão a mal. Conduzo à 45 anos. Uma pessoa não pode sair de sua casa para ir às compras, e morrer estupidamente numa “passadeira”. Essa morte foi revoltante!
Em Tomar verifica-se uma notória vontade, por um preocupante número de condutores, de NÃO PARAR NAS PASSADEIRAS. Essas pessoas NÃO QUEREM PARAR (vou só repetir mais uma vez: – NÃO QUEREM PARAR !) e fingem não ver o peão, ou então passam ostensivamente. Se este problema não for abordado rapidamente por parte da Câmara, talvez então se venham a conseguir as tais “estatísticas” – neste caso, sinistras – para depois se alterar o cenário de insegurança….
O município pode falar com a PSP e com a GNR como qualquer pessoa pode, mas a PSP e a GNR fazem o que bem lhes apetecer, e se não lhes apetecer fazer nada é exactamente isso que farão, e não há nada que o município possa fazer.
A nível de fiscalização a única coisa que o município poderia fazer era criar uma polícia municipal que estivesse sempre presente nos pontos mais perigosos e passasse coimas a torto e a direito de tal forma que toda a gente os odiasse mas que se vissem obrigados a respeitar as regras.
Em Tomar com 33.222 eleitores inscritos significa que poderiam existir até 99 funcionários da polícia municipal (3 funcionário para cada 1000 eleitores inscritos) , o que dividindo por 4 turnos daria em média uns 24 funcionários que poderiam estar em pelo menos alguns desses pontos preocupantes. Claro que seria difícil concentrar os funcionários em funções deste tipo de prevenção porque os políticos tendem a ver este tipo de funcionários como uma espécie de espremedores de vacas que têm de dar grande rendimento, e era mais provável vê-los a passar coimas a veículos mal estacionados, que a veículos a circular acima da velocidade correcta, ou a não parar na passadeira ou no STOP, ou a circular pelo sentido proibido, que são geralmente situações bem mais perigosas.
Crítica muito pertinente, de quem tem uma visão mais profunda das coisas, se preocupa com a segurança e a elevação da cidade de Tomar e zonas limítrofes, e que o município deveria tomar em conta e agradecer ao seu autor.