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Maioria PS na câmara rejeita abertura a vendedores de hortícolas para plantar

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Na última reunião da câmara de Tomar, realizada por videoconferência no dia 14, a maioria PS manifestou a intenção de chumbar uma proposta do PSD sobre a venda no mercado municipal de produtos hortícolas para plantar.

A proposta surge porque, em plena época de sementeiras, não é permitido aos vendedores de produtos para semear ou plantar nas hortas, que possam comercializar no mercado municipal de Tomar.

O vereador responsável, Helder Henriques chega a comparar os vendedores de hortícolas a vendedores de guarda-chuvas para justificar que não se pode abrir exceções.

A proibição de venda daquele tipo de produtos no mercado “é um problema para os viveiristas e um problema acrescido para os pequenos agricultores que se têm de deslocar a outros locais distantes para se abastecerem”, refere o PSD na sua proposta.

Os eleitos da oposição lembram que o próprio Ministério da Agricultura, liderado pela ex-presidente da câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, lançou a campanha “Alimente quem o Alimenta”, a qual, tendo em conta o contexto marcado pela situação associada à pandemia covid-19, visa incentivar o consumo de produtos locais e o recurso aos mercados de proximidade.

Os eleitos do PSD defendem que “nesta fase difícil, é fundamental dar-se um sinal de apoio aos nossos agricultores e produtores. A venda de sementes e plantas para a época das sementeiras que decorre nesta altura é crucial para a agricultura de subsistência”. Até porque, argumentam, “há espaço disponível no interior do mercado e na tenda anexa”.

Em resposta, os eleitos do PS já fizeram saber a sua intenção de rejeitar esta proposta que iria possibilitar aos viveiristas a venda de sementes e plantas como é tradicional nesta época. Se tal acontecer, perde sentido o slogan que está escrito à entrada do mercado: “Porque ir mais longe se o mercado está aqui?”

A votação do documento está prevista para a próxima reunião, dia 27.

 

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2 comentários

  1. Esta notícia passaria por quase insignificante, dado tratar-se da insignificante política local, não fora dar-se o caso de ser… significativa.
    De quê? Pois, é bom de ver, da “natureza de classe” do Partido Socialista.
    Este partido, para além de pretender ser um partido de poder, seja a que custo for, caracteriza-se ideologicamente pelo seguidismo relativamente à sua ala esquerda: o bloco de esquerda.
    De que consta? Pois, isso depende principalmente de duas coisas: o que “estiver a dar” e/ou o que tiver mesmo de ser. No fundamental guiam-se por uma cartilha que não conseguem explicitar e, como pano de fundo ou método de actuação, adoptam um profundo desprezo pela realidade e/ou pelas pessoas que é suposto servirem.
    O caso dos vendedores de hortícolas para plantar é bem paradigmático.
    Sendo um partido urbano, de betinhos e causas fracturantes, o PS nutre um profundo desprezo pelas pessoas rurais e pela economia informal.
    Para eles tem mais valor um cigano que viva do rendimento mínimo e que como biscate lhes forneça a “erva” enquanto não for legalizada, do que um homem de boné e desdentado que se tem de virar à horta e à capoeira para sobreviver.

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