Executivo da Indústria da Aviação descreve importância da gestão de controle para todo planejamento estratégico

Se para alguém resta qualquer dúvida de que o controle é uma etapa fundamental para um planejamento, independentemente do tipo, existe uma área em especial que se encarrega de provar o equívoco acerca da análise de um projeto. Trata-se da área da aviação, que incorpora essa premissa desde seus esboços iniciais, passando pela cadeia produtiva de peças e aeronaves até chegar à prestação de serviço e, assim, ao consumidor final.

Em todas essas fases que consistem, em sentido amplo, na Indústria da Aviação, o rigoroso controle de cada passo significa não apenas sucesso, lucro e credibilidade. O objetivo primordial vai além, uma vez que tal prestação de serviço está envolvida diretamente com a segurança do bem maior da história da humanidade: a vida.

Por isso, parte das dezenas de trilhões de dólares que serão investidos em tecnologia de ponta até o fim desta década, conforme análises e projeções da área econômica, será investida na Indústria da Aviação. Como visto, segurança e credibilidade são palavras-chave muito antes da rentabilidade possível.

Uma outra pesquisa, apurada em 2023, indicou que praticamente 100% das empresas do ramo não apenas manifestaram interesse em aumentar o percentual de investimentos no controle por meio da tecnologia, como principalmente seguiram levando a necessidade a sério na prática. Portanto, desde já, as organizações ligadas à aviação mundial têm conservado lugar cativo no topo das maiores investidoras quando acionadas nas pesquisas de inovação e tecnologia.

Unir segurança, aviação e o contexto organizacional é um caminho direto para se deparar com a trajetória de Oleksandr Voronetskyi. O Executivo da Indústria de Aviação Civil acumula mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento e implementação de políticas e estratégias estatais para a aviação civil em seu país natal.

Sendo assim, é simples compreender a propriedade cognitiva formada por Oleksandr Voronetskyi nessas mais de três décadas. E esse conhecimento somado é sinônimo de algo imprescindível para falar da importância da gestão de controle em um planejamento integral organizacional.

“Embora não haja hierarquia entre os elementos fundamentais de um planejamento estratégico, o controle é parte indispensável do projeto, assim como a ação de planejar, organizar e dirigir. Elementos que dizem respeito a recursos materiais e imateriais, como o conhecimento da equipe gerenciada.”

A experiência acumulada por Oleksandr Voronetskyi levou o Executivo da Indústria de Aviação Civil a um aprendizado relevante. O especialista conta que até mesmo gestores com alto grau de conhecimento podem pensar, equivocadamente, que o controle seria uma estratégia a ser utilizada somente ao término do processo como um todo.

Apesar do planejamento estratégico ter característica de ser um elemento composto por um todo, é como se cada etapa tivesse vida própria durante o desenvolvimento de suas atribuições. As mesmas tarefas sucessivas e interdependentes justificariam a necessidade de pensar de forma ampla, mas individualizada ao mesmo tempo. Conforme disse o especialista, algo que, na prática, de acordo com a complexidade do projeto, torna-se um desafio para o gestor interpretar cada necessidade.

“O controle pode ser método utilizado apenas no fim da cadeia de produção, seja ela uma prestação de serviço ou a composição de um produto, mas também esse controle pode ser aliado de forma desmembrada a qualquer estágio do planejamento. Por exemplo, ao executar a direção de uma equipe, ainda antes da entrega final do produto ou serviço, o gestor pode muito bem pôr em prática uma ação de controle, o que não anula em nada a necessidade de repetir a ação de controle ao término de tudo”, completa o especialista.

Isso porque, em muitas ocasiões, detectar em tempo hábil qualquer disfunção pode evitar o retorno do projeto a uma etapa muito distante em sentido contrário ao avanço. No campo do planejamento, tal necessidade indesejada é conhecida por reengenharia. Por estar ligada a uma prestação de serviço de extrema complexidade e relevância, perder tempo com o repensar do projeto acaba sendo algo secundário para a Indústria vivenciada por Oleksandr Voronetskyi nesses mais de 30 anos.

“A Indústria da Aviação é de fato um dos principais exemplos de como não podemos abrir mão do controle em nossos planos. Existem várias ferramentas para isso dentro da Administração, o que renderia capítulo extra. Só que, apesar disso, pois não importa qual ferramenta mais adequada para essa supervisão, a Aviação prova a importância da escolha por não abrir mão do controle. Nela, um pequeno erro pode resultar em algo catastrófico. Talvez, esse seja o lado positivo da seriedade encarada, construir esse legado, expor a importância desses cuidados.”

Início do aprendizado e mais conquistas

Em 1992, o profissional ucraniano tornou-se bacharel em Aviação em Aviação e Gestão de Tráfego Aéreo, na Universidade Nacional de Aviação. Cinco anos depois, completou o mestrado na mesma formação e também na mesma instituição de ensino. No mesmo ano, começou a trajetória em Kiev, capital da Ucrânia. O ucraniano reside em Utah, nos Estados Unidos.

A expertise dele foi essencial durante as crises de 2014 e 2022, quando o especialista atuou de maneira decisiva para manter a estabilidade e segurança do espaço aéreo ucraniano em meio ao conflito, gerenciando tanto voos militares quanto humanitários. Sua resiliência e habilidade para tomar decisões sob pressão consolidaram sua reputação e o fizeram aprender e conquistar outro conceito de extrema importância no meio organizacional, sobretudo na aviação: o de líder confiável e competente na gestão.

Desde 2014, os problemas entre Ucrânia e Rússia se amplificaram. Naquele período, os russos anexaram a seu território a Criméia, na fronteira com o país natal do Executivo. Em 2022, a Rússia aumentou o grau de investida contra o território vizinho, invadindo a região do Vale do Donbas, onde fica Donestk, uma das cidades mais importantes do país que se tornou independente desde 1991.