Especialista em Engenharia de Software Explica o Conhecimento Compartilhado no Trabalho em Equipe

Não basta ter habilidades técnicas e espírito de liderança. Transmitir o conhecimento adquirido, mais do que um comportamento altruísta, é a atitude ideal de um líder, com foco principalmente em dois aspectos: o crescimento coletivo e a realização dos objetivos iniciais planejados. É a premissa de que o conhecimento só traz evolução e se torna sinônimo de algo positivo quando compartilhado.

Assim, é fácil entender alguns aspectos dos bastidores do mundo organizacional, onde o treinamento de funcionários e o desenvolvimento de liderança são elementos presentes no novo modelo de Recursos Humanos – ou Gestão de Pessoas, como o termo mais contemporâneo ganhou força desde a década de 1970.

Vistos como talvez o principal centro mundial em termos de investimentos em pessoal corporativo, os Estados Unidos lideraram um ranking nessa área. Os dados foram divulgados em 2023, com base em uma pesquisa realizada entre 2020 e 2022.

Durante esse período, foi registrado que, em média, 35 horas por trabalhador por ano foram dedicadas ao treinamento de funcionários de diversos departamentos. Em termos financeiros, os Estados Unidos alcançaram uma média de mais de US$ 1.200 por ano para cada funcionário.

Esses números superaram amplamente as médias das economias em desenvolvimento. Por exemplo, no Brasil, a média foi de cerca de 24 horas, e os investimentos financeiros alcançaram uma média de cerca de US$ 200.

A experiência do especialista em Engenharia de Software, Israel Lopez Altamirano, vai além dos limites impostos pelo conhecimento tecnológico. Além de seu perfil empreendedor, o profissional de software acumulou expertise em liderança e insights que falam por si sobre as chances de projetos bem-sucedidos realizados por meio do trabalho em equipe, onde quer que tenha trabalhado.

“As características e conceitos ligados à liderança evoluíram juntamente com a Gestão de Pessoas no mundo organizacional. Ao olhar para cada membro da equipe, é essencial ver cada indivíduo como um protagonista inovador, alguém que pode contribuir com boas ideias para o projeto. A visão já não é mais a de um indivíduo que tende a ser apenas mais uma peça na máquina corporativa, alguém que busca apenas recompensas financeiras, embora isso seja naturalmente muito importante”, diz o especialista.

Após reforçar a tese de que o desenvolvimento pessoal mudou e evoluiu significativamente dentro das organizações, Israel Lopez Altamirano reafirma a ideia de que os líderes, por meio de novos conceitos, passaram por uma transformação ao considerar as melhores metodologias para seu comportamento dentro de uma empresa e os projetos a ela inerentes.

Se as últimas décadas eliminaram a visão de que um funcionário é apenas uma ferramenta nas mãos da corporação, também distanciaram o conceito de que um líder deve agir isoladamente e estar distante do grupo. No entanto, de acordo com especialistas no assunto, isso não significa abrir mão do direito (e do dever ao mesmo tempo) de ser responsável pela direção e pela palavra final nos projetos.

“Ganhou força a ideia de que o líder precisa seguir um caminho no qual prevaleça uma postura mais democrática. Como os aspectos financeiros não são a única motivação para os indivíduos do grupo, um dos pontos que ajudou nesse desenvolvimento e na manutenção da motivação é se sentir relevante dentro do processo decisório. Isso não significa que o líder deva ser excessivamente liberal ao ponto de negligenciar suas responsabilidades. O que prevalece é uma abordagem contingencial, situacional, vista em teorias de outras áreas, além da corporativa”, acrescenta o especialista.

Desde maio de 2021, Israel Lopez Altamirano trabalha como Engenheiro de Software na Monovo, uma startup de saúde em Utah, Estados Unidos. O profissional boliviano reside em Lehi, onde desenvolveu aplicativos de saúde altamente funcionais e trabalhou no design e implementação de camadas de negócios, dados e apresentação, incluindo testes unitários.

Seus significativos projetos pessoais ganharam força a partir de 2017. Entre eles, ele continua a atuar como coach de pronúncia em inglês para ajudar imigrantes a se integrarem melhor na comunidade. O aplicativo permite que os usuários gravem e ouçam sua própria pronúncia. Também, em 2017, em Utah, ele forneceu instruções de modelo de treinamento para grupos missionários ensinando o Evangelho. Ele gerenciou o planejamento e monitorou o aprendizado.

“Mesmo ao lidar com um projeto focado no aprendizado, os requisitos e métodos são os mesmos aplicados em um projeto organizacional ou em qualquer outro. A montagem dos aspectos essenciais do planejamento segue com organização, direção e controle no final do processo. E o processo de liderar e motivar o grupo segue o mesmo passo a passo. Esse é um impulso que experimentei desde criança na Bolívia, quando fui despertado pelo interesse por tecnologia. É algo trabalhado, construído, conscientemente”, diz Israel.

Assim como as necessidades daqueles que ele liderou e trabalhou evoluíram, os interesses de Israel Lopez Altamirano se renovam igualmente. E isso se aplica a todos os líderes, independentemente do nível de carreira alcançado. Não estagnar e cair na inércia, como ele apontou, é algo que também deve ser cultivado.

“Quando eu era criança, me divertia muito brincando com eletrônicos e montando blocos, pois meu pai tinha muitos componentes eletrônicos em casa, provenientes de seu trabalho e projetos. Durante a adolescência, desenvolvi grande interesse por línguas, estudando inglês, alemão e francês. Esse impulso inicial para aprender lançou as bases para minha futura carreira em tecnologia. Após o ensino médio, minha paixão por engenharia cresceu”, acrescenta o especialista.

Criar um impacto positivo por meio de projetos tecnológicos desenvolvidos e criar oportunidades são objetivos traçados em seus planos futuros, baseados na motivação mencionada. A ideia central é alavancar habilidades e experiências para impulsionar isso e continuar liderando com um estilo de liderança naturalmente identificado, mas tecnicamente aprimorado.