Os números do mercado de jogos e apostas online não deixam dúvidas. No primeiro trimestre de 2024, a receita bruta do setor atingiu 260,9 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 32,9% face ao mesmo período do ano anterior. Este aumento deve-se sobretudo ao desempenho das apostas desportivas, que somaram 100,6 milhões de euros, e aos jogos de fortuna ou azar, responsáveis por 160,3 milhões de euros.
Outro fator em evidência é o aumento de novos registos. Cerca de 304,1 mil novos utilizadores aderiram às plataformas legais no primeiro trimestre, um acréscimo de 28,0% em comparação ao mesmo período de 2023. A difusão de campanhas publicitárias, a maior disponibilidade de plataformas e o aumento do interesse dos portugueses contribuíram para esses números.
Conforme o Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ), existem atualmente 30 licenças ativas no país, distribuídas por 17 operadores, abrangendo 13 licenças de apostas desportivas e 17 de jogos de fortuna ou azar. Essas plataformas estão acompanhando o ritmo de crescimento do sector. Exemplo disso é o FastSlots, que foca na inovação e numa experiência de utilizador intuitiva.
A facilidade de uso e a variedade de modalidades de jogo captam a atenção de adeptos de apostas online em todo o país, conquistando um público cada vez mais alargado. E o sector não para de surpreender. Além dos valores envolvidos, a evolução deste mercado reflete-se na própria economia portuguesa, nomeadamente através do aumento de receitas fiscais.
O Imposto Especial de Jogo Online (IEJO) alcançou 86,2 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, isto é, um salto de 36,6% face ao mesmo período do ano passado. Para além do impacto financeiro imediato, este crescimento gera emprego e fomenta a competitividade no país. Em 2023, estimou-se que a indústria de casinos online gerou mais de 3.000 postos de trabalho em Portugal
É certo, no entanto, que a necessidade de regulação eficaz é cada vez mais clara, tanto para proteger os consumidores como para combater a ilegalidade. As autoridades portuguesas enviaram 50 notificações para o encerramento de operadores ilegais e bloquearam 143 sites que atuavam fora da lei. O objetivo é garantir condições justas de competição e a segurança dos utilizadores, que encontram nas plataformas regulamentadas um espaço confiável para realizar as suas apostas.
Outro ponto de atenção diz respeito aos mecanismos de autoexclusão. Cerca de 236,2 mil utilizadores já recorreram a essa ferramenta para restringir ou bloquear voluntariamente o acesso aos jogos online. Esse número traduz um aumento de 42,1% em relação ao primeiro trimestre de 2023. A autoexclusão é considerada pelas entidades reguladoras como um indicador relevante do grau de responsabilidade social que as plataformas de apostas devem assumir.
Por outro lado, a tecnologia impulsiona o sector. O uso de inovações como inteligência artificial e métodos de pagamento digitais ampliam as possibilidades de interação. Os métodos de pagamento modernos facilitam que as transações sejam mais rápidas e seguras para os jogadores. E a IA está a transformar a experiência dos utilizadores em plataformas de jogos online, permitindo uma personalização sem precedentes.
Ao mesmo tempo, essas tecnologias criam oportunidades de personalização, permitindo que cada jogador encontre o tipo de entretenimento mais adequado ao seu perfil. A economia portuguesa tem perspetivas positivas de crescimento em diversos setores. E a indústria do jogo online enquadra-se perfeitamente nessa dinâmica, contribuindo para o PIB nacional e estimulando a competitividade.
A tendência de expansão parece firme. Embora a regulação seja um tema sensível, os dados mostram que as autoridades portuguesas têm envidado esforços para garantir um mercado equilibrado. Este compromisso colabora para a manutenção do interesse dos utilizadores, que se sentem mais protegidos ao apostar em plataformas licenciadas.
Ao mesmo tempo, permite que empresas estrangeiras e nacionais avaliem Portugal como um mercado-alvo atrativo para o lançamento de novas soluções de jogo. Para os especialistas, a sustentabilidade do sector depende da contínua modernização tecnológica, da disponibilização de serviços diferenciados e de uma comunicação transparente com o público.
Quanto mais as empresas investirem em recursos educativos, segurança digital e apoio ao utilizador, maior será a confiança dos consumidores. Os dados confirmam que o mercado de jogos e apostas online em Portugal está em ascensão.
