Até aos anos 90, o concelho de Tomar tinha como principal fonte de abastecimento de água a nascente da Mendacha, situada na freguesia da Sabacheira, junto ao rio Nabão.
Com a construção do sistema de captação do Castelo do Bode pela EPAL e a estação de tratamento de Asseiceira, começaram por ser abastecidas as freguesias na parte sul do concelho, sistema que se foi alargando à cidade e a outras freguesias.
Apesar dos contantes problemas nas condutas, as sucessivas ruturas e a fraca qualidade da água, ainda são abastecidas pela Mendacha a freguesia de Sabacheira, a antiga freguesia de Beselga e parte da freguesia de Madalena.
Tendo em conta o elevado teor de calcário da água da Mendacha, a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) recomendou aos SMAS que desativasse aquela captação.
Finalmente, a empresa Águas do Vale do Tejo (antiga Águas do Centro) lançou em maio o concurso público para a empreitada de abastecimento à Mendacha a partir da EPAL (Choromela), uma obra orçada em 1 milhão e 800 mil euros, a construir durante um ano.
Se até há poucos anos a água vinha da Mendacha para Tomar, agora vai acontecer o contrário. Ou seja, a água que chega à Choromela (Tomar) através da EPAL (captada no Castelo do Bode) vai ser canalizada até à Mendacha e daqui distribuída por aquelas três freguesias.
A empreitada implica a construção de uma estação elevatória na Choromela e novas condutas ao longo de nove quilómetros até à Mendacha. Inclui ainda o sistema elevatório de águas residuais da Pedreira na estrada do Prado.
Com esta obra, todo o concelho de Tomar passa a ser abastecido com água da EPAL, captada junto à barragem de Castelo do Bode e no Rio Fundeiro.
