A vereadora Filipa Fernandes (PS), vice-presidente da câmara de Tomar, recebeu ajudas de custo, no valor máximo, durante as suas deslocações ao estrangeiro, apesar da câmara lhe pagar as despesas com alojamento e refeições. O montante, superior a 100 euros por dia, foi pago integralmente com dinheiro dos contribuintes.
Um dos casos refere-se à participação no Congresso Mundial de Turismo do Interior 2024 realizado em novembro em Cáceres, Extremadura, Espanha.
O gesto levanta sérias dúvidas sobre a conduta ética da autarca, apesar de estar dentro da legalidade. A atribuição de ajudas de custo sem se basear em despesas reais configura um uso questionável dos recursos públicos e transmite uma imagem de aproveitamento pessoal de um cargo público.
Aliás, esta conduta é praticada também pelo presidente da câmara, Hugo Cristóvão (PS), que tem recebido valores consideráveis nas suas viagens.
Num momento em que muitos cidadãos enfrentam dificuldades económicas, atitudes como esta contribuem para o descrédito nas instituições e enfraquecem a confiança na gestão municipal.
enquanto isso um polícia é obrigado a viver 10/15/20 anos em Lisboa a centenas de KMS da sua área de residência com ajudas de custo de 0€€€