Com 34 anos, Vera Ribeiro é a nova presidente da Comissão Política Concelhia de Tomar do partido Chega, na sequência da saída do anterior líder, Nuno Godinho.
No dia 19 realizou-se na sede da junta urbana de Tomar uma reunião de militantes com a presença de Manuela Estevão, presidente da Distrital de Santarém.
Caberá a Vera Ribeiro, em coordenação com a Distrital, assegurar o apoio e preparação das eleições legislativas de 2022 assim como manter a gestão da Concelhia.
Na reunião foi ainda decidido criar-se uma equipa de assessores da Concelhia, constituída por militantes.
A lista do Chega para as legislativas no distrito deve ser encabeçada pelo vereador do partido na câmara de Santarém, o veterinário Pedro Frazão, atual vice-presidente do partido.
Quem é Vera Ribeiro
– Carreira Profissional
- Assistente de Consultório Médico na Clínica Dentária Salvador de Naíse Lopes de Souza desde 2013
– Habilitações Académicas
- Pós-Graduação em História, Defesa e Relações Internacionais pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e pela Academia Militar (2009 e 2010)
- Licenciada em Técnicas de Arqueologia pelo Instituto Politécnico de Tomar (finalizou em 2009);
- Formação Pedagógica Inicial de Formadores (2009)
– Associativismo
- Centro Recreativo, Cultural e Desportivo D. João – Fonte de D. João, Junceira
- Exerceu vários cargos na Direção (tesoureiro, vice-presidente entre 2012 e 2016);
– Política
- Militante do PSD durante quase 10 anos, pertenceu lista candidata para a Assembleia de Freguesia da Serra e Junceira em 2017;
- Em meados de 2019 ingressou no Partido Aliança, tendo saído em novembro;
- Em junho de 2020 entrou no Partido CHEGA onde exerceu o cargo de subcoordenador da Comissão Instaladora da Concelhia de Tomar, a 23/fev/2021 foi nomeada vice-presidente da Comissão Política Concelhia de Tomar e a 19 de novembro, presidente. É ainda membro da Comissão do Património da Distrital de Santarém desde 2020.
- Eleita como vogal da mesa da distrital de Santarém (tomada de posse a 24 de abril de 2019).
Já não era sem tempo
Já noutra ocasião* me pronunciei sobre esta mudança no chega e a possibilidade de a Vera vir a liderar esta formação política cá em Tomar.
Agora que a coisa está confirmada, ocorre-me ainda o seguinte:
Estamos de facto numa época chegada de mulheres ao topo.
Nuns casos chegaram por via das cotas. Foi o caso da Anabela. E quando é assim, as suspeições sobre a competência para as funções só se podem comprovar pela prática. Lamentavelmente foi o que nos aconteceu. Apesar de ser mulher, e talvez mesmo por ascender por via das cotas, revela-se irremediavelmente pobreta e incompetente. Caricata, mesmo.
Noutros casos – e agora trata-se do PSD – a criatura foi-se chegando ao topo, não por qualquer rasco ou competência revelada para a gestão da coisa pública, mas por um pendor administrativo-burocrático. Numa terra onde não há debate nem avaliação pública ou política de coisa nenhuma, chega ao poder quem, por inerência administrativa está mais próximo ou em condições burocráticas para o efeito. Mais do tipo: o poder é que lhes cai no colo porque estavam a jeito.
No caso desta rapariga, a Vera, é radicalmente o oposto. Com o currículo muito bom para a idade que tem
(não precisou de ser presidenta para que lhe arranjassem no Politécnico uma licenciatura à Sócrates ou à Relvas) ela ascende ao topo do Chega (e nós esperamos que o Chega chegue mesmo mais ao topo) por mérito e competência próprias.
Mas há aqui ainda um outro aspecto.
Como toda a gente sabe o Chega é normalmente acusado de tudo quanto os outros acham que é horroroso. Melhor ainda: é acusado de tudo o que os outros acham que, acusando-o, denigre o Chega e os valoriza a eles. Ser machista e homofóbico é precisamente uma dessas acusações.
Ora, a Eleição da Vera é quanto pasta para deitar por terra todas essas insinuações torpes.
É que a Vera, para além de culta e jovem é, pasme-se, muito bonita mesmo.
Há muito que Tomar já merecia.
*https://tomarnarede.pt/politica/lider-do-chega-demite-se-e-abandona-a-politica/