DestaqueSociedade

Um ensino em decadência – o motivo de não haver professores

- Patrocínio -

O Desafio de Educar em Tempos de Mimos e Conformismo. O que perdeu a escola de Hoje?

Estamos a criar e a educar Pequenos Príncipes, habituados a serem servidos, em vez de treiná-los para servir com respeito, empatia e sobretudo para descobrirem as suas capacidades e serem felizes, na verdadeira descoberta das suas potencialidades.

Pais e Filhos: Quem Realmente Educa na Sociedade Atual?

É notória a falta de Desafios na Educação, a começar em casa. Estaremos nós, adultos de hoje, a criar uma Geração sem Fronteiras ou sem Limites?

– Tudo é dado, sem desafio, sem esforço;

– Eliminam-se todas as barreiras do trabalho;

– O esforço e a vitória da conquista suada, sao proibidos;

– Ensinar/ajudar pais e filhos a recuperar, melhorar o desempenho é proibido. Não é a criança que deve fazer, é o professor que deve baixar os objetivos, criar, reinventar para cada aluno, em particular. Se tiver 100, terá de adaptar para 100.

– Dar uma opinião a um pai, é falta de educação; Ponto. Não se discute este tema tabu.

– Alertar atempadamente um pai para os caminhos que o filho trilha, é falta de respeito por parte do professor;

– Falar com um aluno “fora de si”, que envie o professor ou o funcionário para um “certo lugar”, terá de ser sempre “Baixinho”, porque é feito de cristal. Já tu, o adulto, não podes sentir, ser e muito menos repreender, quanto mais levantar a voz.

Ora, é preciso distinguir um pic de crise (e aí sim, deixar o aluno estrebuchar, afastando objetos e pessoas), de uma simples BIRRA de PREPOTÊNCIA; a birra do: “eu estou cheio de mim e da convicção que me colocam na cabeça, aquela, que diz que o aluno e os pais podem colocar um professor ou um funcionário em problemas. Aquela que me conduz à direcção com o meu pai para passar “uma descasca” a quem se atreveu a ficar com o meu telemóvel porque o meu pai, mais irresponsável do que eu, me ligou em plena aula, (para dizer que o meu lanche é croissant com creme de ovo sem amêndoa, porque a incompetente da sra da pastelaria não reservou o meu croissant preferido).

Aliás, as crianças verbalizam os seus direitos: “Eu vou dar cabo de você porque eu vou me queixar e você vai passar mal!”

E não é que eles têm razão????

Muitos adultos desistem de serem uma figura autoritária para os filhos, passando essa responsabilidade para a escola. As direcções não dão mãos a medir e, por vezes são inconscientemente injustos com os seus professores e funcionários.

Onde estão os professores do antigamente? E onde estão os pais que criaram esta nova geração de pais com tanto esforço e que diziam: “Professora, aperte com ele e avise-me sempre que ele faltar ao respeito a alguém. Aiii dele!”

Hoje, as reclamações são precisamente o oposto: – “Eu não permito que o meu filho não tenha intervalo, eu não permito isto, aquilo, acolá. É alérgico a leite, ao chocolate, ao amendoim, a tudo menos a palavrões e mau comportamento.

– O quê, o meu filho tem negativas?

– Falou mal?

– Teve uma atitude menos apropriada?

…Ooooh professora, não devemos ligar… São crianças!

Mas… tem de me explicar esta negativa. O meu filho tem “direito” às medidas para apoio, alíneas a), b), c), d), todas as alíneas do abecedário, que lhe permitam transitar sem esforço. Portanto, se tem 8 negativas a culpa é dos professores que não aplicam todas as alíneas.

– Não há mais alíneas? Já se esgotaram todas as medidas de suporte às aprendizagens e à inclusão? Olhe…invente mais uma!

– Não me diga que ele é desatento nas aulas. Em casa está sempre tão concentradinho a ver TV e a jogar no telemóvel. Nem pestaneja!

– Ouve mal ou apenas o que lhe convém? Deve ser culpa dos fones. Vou lhe comprar outros.

– Falou mal para um adulto?

O adulto que não lhe respondesse!!! O meu menino tem síndrome da oposição, saí ao avô.

– Já agora, teve direito a leitura dos testes fora da sala? Com que professor? O do ano passado era melhor. Os resultados eram outros…

– Nunca faz trabalhos de casa?

– Se eu já vi os cadernos?…. Ora vamos lá ver… Oh professora, isto é estilo!!! Estes rabiscos e o não tomar notas, é uma forma peculiar de estar na vida. Ele tem uma veia artística.

– O que me está a dizer? Não fizeram acomodações nesta disciplina? Então deve passar do nível 2 para 3. A culpa é dos professores.

Professores, precisam-se.

Mas quem quer ser fantoche? Burro com cobardia?

Obrigam-nos a fechar os olhos e a calar a boca. Se necessário “ficamos à porta” das reuniões, vedam-nos o direito de participação conjunta, porque já falámos demais com os pais com todas as palavras.

É importante excluir um docente que veio perturbar o nosso sossego, a aparente harmonia de um sistema, que todos sabem que há muito que anda à deriva, mas haja fé que ainda se pode tapar o sol com a peneira e peneirices.

Sejamos sinceros.

Será solução fingir um mundo escolar ou uma escola perfeita, quando a escola é uma micro sociedade, ou seja, o reflexo de um mundo conflituoso, egoísta, antipático, antissocial, cansado e vencido?

Serão os jovens realmente mais felizes com este modelo atual de educação e de sociedade?

Quem de nós, ama viver sem desafios, sem horizontes, conduzidos por adultos fragilizados e bombardeados por todas as frentes?

Tanto eu como Muitos dos meus colegas já fomos professores dos pais de hoje. O que falhou?

Nunca o sistema educativo teve uma classe profissional tão envelhecida (havemos de nos reformar já com um pé no Lar de idosos, ou com a cova já aberta. Recordo uma colega da EB, 2.3 Freixianda, que faleceu no ano letivo passado, um mês após a reforma).

Nunca a educação teve professores tão BEM PREPARADOS, tão bem formados, não só pela formação obrigatória, mas porque moldaram-se a vários métodos, várias experiências.

Um professor hoje é um acrobata talentoso que faz malabarismo com sabedoria empacotada em livros, mas sobretudo no terreno. É dos profissionais que mais estuda, dos que menos dorme e é tão “chutado para canto”.

Queridos pais, reitero o que já disse a alguns: cuidem do vosso MAIOR Projeto…

. Verifiquem como estão os cadernos, quais os TPC’s, deixem os vossos filhos treinar perante a incógnita, a dúvida. Deixei-nos levar dúvidas para esclarecer nas aulas seguintes.

. Reforcem a obrigatoriedade do respeito para com todos.

. Mandei-nos deitar cedo e com o telefone e PC na sala (nunca no quarto).

É difícil????

Parem de olhar para a escola como a solução para a vossa falta de autoridade:

” já não sei o que lhe fazer!”

” Mas que idade tem o menino?

” onze/doze.

O que fariam os vossos pais na vossa situação?

O que se espera, afinal, da educação?

A missão dos professores nos dias de hoje, vai além de simplesmente entregar conhecimento; é formar cidadãos, capazes de enfrentar desafios, de compreender as suas responsabilidades e de respeitar os outros. Mas, para que isso aconteça, é necessário que todos, pais, alunos e educadores, se unam num propósito comum: a formação de um ser humano íntegro e capaz. Infelizmente, o atual sistema, muitas vezes, favorece a facilidade e o conformismo, em detrimento do esforço, do respeito e do desenvolvimento real. Não podemos continuar a construir uma geração que foge dos desafios e acredita que tudo lhe é devido, sem o trabalho árduo e o respeito pelas regras e pelos outros.

O futuro das nossas crianças depende de nós, e é preciso que cada um assuma sua parte nesse processo. Precisamos voltar a acreditar que, sim, o esforço é necessário para conquistar, que a educação é, antes de tudo, um processo de aprendizagem constante e, mais importante, de autodescoberta.

Só assim poderemos formar uma sociedade realmente mais forte, capaz de lidar com os verdadeiros desafios da vida.

Como nos ensina Spencer Johnson em “Quem Mexeu no Meu Queijo?”, “A mudança acontece quando decidimos deixar o medo para trás e começarmos a nos adaptarmos à mudança.”

Na educação, tenho visto a mudança da Lei para a Inclusão numa constante alteração todos os 10 anos

Se antes a escola se baseava em modelos padronizados, hoje, com o Decreto-Lei nº 54/2016, o ensino individualizado e personalizado tornou-se uma realidade. O DL 54, ao estabelecer que cada criança deve ter um percurso adaptado às suas necessidades e capacidades, visa garantir que todos possam aprender da melhor forma possível.

No entanto, como no livro, a realidade muitas vezes é mais complexa do que parece. O modelo ideal de ensino personalizado é desejável, mas, na prática, torna-se um desafio quase impossível de implementar de maneira eficaz em larga escala.

As escolas, com as suas limitações de recursos, e os professores, muitas vezes sobrecarregados, encontram-se no meio desse dilema: oferecer a personalização de ensino sem sacrificar a qualidade e a equidade para todos.

A mudança na educação exige não apenas a intenção, mas uma adaptação constante à realidade. Para que a promessa de um ensino verdadeiramente individualizado se concretize, todos – pais, alunos, educadores e governo – precisam estar dispostos a mudar, a se desafiar e, acima de tudo, a entender que, por mais que a personalização seja desejável, ela exige mais do que um simples decreto: requer esforço, compromisso e uma mudança cultural na maneira como encaramos a educação.

 

- Patrocínio -

7 comentários

  1. não há médicos…professores há por ai muitos…..pesam é que o estado é albergue, e que tem que criar vagas á porta de casa para todos……

    Responder moderated
    1. Se há muitos, onde estão metidos, pois há centenas de alunos sem aulas ? Ou vamos voltar aos tempos da gente bruta que achava que qualquer bruxo ou sapateiro era médico ou professor ? isso era nos montes, não nas cidades do séc XXI …😂😂😂

  2. Concordo a mil porcento com o que está aqui escrito. Hoje em dia os pais tratam os filhos como uns reais burgueses, em que nada lhe pode faltar. Parecem o Eusebiozinho d’Os Maias! Uns coitadinhos que não podem sujar as mãos que os pais vão logo limpá-las.

  3. Se há muitos, onde estão metidos, pois há centenas de alunos sem aulas ? Ou vamos voltar aos tempos da gente bruta que achava que qualquer bruxo ou sapateiro era médico ou professor ? isso era nos montes, não nas cidades do séc XXI …😂😂😂

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Botão Voltar ao Topo