
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O jornal Cidade de Tomar publica esta semana um suplemento dedicado ao tema da educação que inclui informação quanto ao número de alunos nas escolas e jardins de infância do concelho de Tomar.
A escola com maior número de alunos é a Secundária Santa Maria do Olival, 862. Segue-se a Escola Secundária Jácome Ratton com 716 alunos.
Há 604 estudantes a frequentarem a EB 2,3 D. Nuno Álvares Pereira, 367 na EB 2,3 Gualdim Pais e 260 na EB 2,3 Santa Iria.
A Escola Profissional de Tomar conta com 132 alunos.
No total existem 686 crianças a frequentar o pré-escolar (incluindo estabelecimentos particulares), 1.095 no 1° ciclo e 2.941 do 5° ao 12° ano.
O Politécnico de Tomar (IPT) tem 1.974 alunos.
Esta notícia cumpre mal a sua tarefa. Informa, mas de forma incompleta. Muito incompleta. Tão incompleta que até pode induzir em erro os leitores. Dar-lhes a entender que tudo vai pelo melhor em Tomar na área da educação, neste caso.
Ora sucede o exato oposto. As coisas não vão bem, nem se prevê que possam vir a melhorar nos tempos mais próximos. Porquê? Entre outros problemas, por causa da triste situação descrita pelo próprio vereador da educação, professor Hugo Cristóvão, no citado nº de Cidade de Tomar, página 10 do suplemento “Matrículas 2019/2020”: “Tomar tem, como quase todos sabem, infraestruturas a mais na cidade. …seriam suficientes pelo menos para o dobro dos alunos existentes. Falta de planeamento ou visão do passado… …agravaram muito esta situação, que continua a agravar-se desde aí.”
Perante uma constatação tão franca, era e é indispensável publicar dados numéricos situados no tempo. Um mapa com os vários anos, ou vários mapas. Por exemplo um mapa com os totais de alunos em 2001, 2005, 2009, e outro com os totais de 2013, 2017 e 2019. Para se perceber quando começou o desastre demográfico e quando se agravou, condições básicas para apurar as causas.
Mas isso pelos jeitos, é pedir demasiado. Tanto à autarquia como ao Cidade de Tomar ou ao Tomar na rede. É pena, porque sem isso os tomarenses vamos continuar a viver em pleno nevoeiro cerrado, situação que só pode beneficiar uma ínfima minoria -a dos que pretendem continuar a ocupar lugares para os quais manifestamente não têm arcaboico.