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Grupo de Forcados de Tomar responde a críticas com comunicado

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A corrida de toiros do emigrante na sexta feira, dia 9, em Tomar, continua a suscitar polémica e crítica mesmo entre os aficionados. “Carnificina”, “noite de terror” foram algumas das expressões usadas para caracterizar uma corrida que acabou com seis forcados no hospital. O elevado peso dos toiros (alguns com mais de 600 quilos) foi alvo de crítica por parte dos forcados. Mas para o crítico tauromáquico Miguel Alvarenga, os grupos de forcados amadores do Montijo e de Tomar “não estiveram à altura do desafio e que, não propriamente por falta de valor, mas por falta de rodagem, que também quer dizer falta de preparação”. É de opinião que “nem todos os grupos estão, na realidade, preparados para pegar toiros de verdade”. (…) E isso é preciso, cada vez mais, para que “esta gente” perceba que a festa dos toiros não é coisa para meninos”.

Reproduzimos na íntegra o comunicado do Grupo de Forcados de Tomar:

“Tendo em conta uma notícia lançada, no Farpas Blogue, que dava conta de um “incêndio de grandes proporções” causado por declarações polémicas realizadas pelo novel cabo do Grupo de Forcados Amadores de Tomar ao site Toureio.pt e que motivou um ataque dúbio e pessoal a este histórico grupo, convém esclarecer o seguinte:

1) A corrida do emigrante, realizada na passada sexta-feira, teve como grande destaque de cartaz, quer a despedida do cabo Marco Fernando de Jesus como a imponência de um curro de toiros da ganadaria São Martinho;

2) A ganadaria São Martinho como qualquer outra tem reses que saem com mais bravura que outras;

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3) É um facto, para quem assistiu à corrida, que o curro de toiros que saiu à arena de Tomar não serviu da melhor maneira para o sucesso do espectáculo, dada a pouca mobilidade e as fortes crenças que possuíam, como fica evidente em bastantes crónicas efectuadas pelos órgãos de comunicação social presentes;

4) No final da corrida e após terem recolhido ao hospital seis forcados de ambos os grupos, houve interesse por parte do site Toureio.pt de entrevistar ambos os cabos, Ricardo Figueiredo (Montijo) e Hélder Parker (Tomar) que se disponibilizaram para responder às questões efectuadas;

5) O cabo do grupo do Montijo referiu que “este é o tipo de touros que tira público à festa”;

6) O cabo do grupo de Tomar referiu que “Os cavaleiros não toureiam isto, os bandarilheiros não querem tourear isto e os forcados muito menos querem pegar”;

7) As afirmações proferidas por ambos não têm nada de polémico e limitam-se a colocar de forma transparente a realidade, o que se pode mais uma vez comprovar com a crítica sincera que diversos cronistas emitiram nos seus sites;

8) Nunca o Grupo de Forcados Amadores de Tomar emitiu, nem emitirá, qualquer parecer que responsabilize o empresário João Pedro Bolota do que sucedera na Praça de Touros José Salvador, pelo que tentativas de pôr na nossa boca palavras que não proferimos não fazem qualquer tipo de sentido;

9) O cartel apresentado tinha os seus interesses, com três cavaleiros que poderiam competir entre eles de forma saudável, dois grupos de forcados com história que poderiam executar grandes pegas, caso os toiros, com apresentação irrepreensível permitissem;

10) O Grupo de Forcados Amadores de Tomar não irá comentar publicações de Facebook, nem de conversas “cor-de-rosa” quer de quem apoia, quer de quem discorda das declarações dos cabos, porque isso seria alimentar uma história sem término;

11) O facto do ex-cabo desta formação, o Sr. Paulo Graça, vir emitir palavras para o blogue de um companheiro de longa data dizendo, entre outras coisas, que “estas declarações são uma vergonha e demonstram que o que aconteceu ontem em Tomar foi, na realidade, a grande confirmação de que é necessário e urgente que haja uma selecção entre os grupos de forcados.” causa apenas repúdio por parte dos actuais representantes da formação que esse senhor representou e por quem, de há uns anos para cá, sempre demonstrou ódio e mau fundo como se pôde apreciar com o sorriso estampado na face ao ver forcados a serem transportados de maca para a enfermaria;

12) O Grupo de Forcados Amadores de Tomar tendo limitações financeiras como muitos outros no país possuem, tem a nobreza e elevação de não descer ao nível baixo de tais indivíduos que se encontram na festa, apenas e só, para causar barulho com uma linha editorial que há muitos anos se prende por este tipo de situações;

13) O nosso grupo, em 63 anos de história, já se enfrentou com todo o tipo de ganadarias e encastes, com corridas mais duras e menos duras e isso não se alterou na última década;

14) Sendo acusados de declarações anti taurinas, resta-nos afirmar que infelizmente são este tipo de “notícias” encomendadas que quebram e estragam o bonito que a festa dos toiros tem e que todos nós defendemos e amamos como nossa e não o facto de tentarmos a cada dia que as coisas corram da forma mais positiva possível;

15) Estamos e estaremos cá para nos enfrentarmos com qualquer curro, como o fizemos na passada sexta-feira com três pegas concretizadas, respectivamente, à quinta, segunda e primeira tentativas;

16) Agradecendo desde já a atenção prestada, o Grupo de Forcados Amadores de Tomar vem desta forma saudar todos os verdadeiros aficionados e desejar um resto de excelente temporada a todas as formações que envergam com orgulho as jaquetas de ramagens pelo nosso país e além fronteiras”.

 

Tomar, 11 de Agosto de 2018

Grupo de Forcados Amadores de Tomar

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