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O individual e o coletivo

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Os cartazes do PS para as eleições autárquicas de 12 de outubro em Tomar mostram apenas um único rosto, o do candidato e atual presidente da câmara, Hugo Cristóvão. Com filtro fotográfico, a imagem é acompanhada pelo slogan “a força de quem faz”.

Em contraste, nos cartazes da AD – coligação PSD-CDS o candidato Tiago Carrão surge sempre acompanhado pelas suas equipas, para a câmara, assembleia municipal e juntas de freguesia.

Duas estratégias de comunicação diferentes, uma centrada numa única figura, e a outra mostrando equipas que prometem trabalhar em conjunto para um objetivo comum.

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Outras análises semióticas poderiam ser feitas aos dois tipos de cartazes, sendo certo que eles transmitem mais do que uma imagem, uma forma diferente de trabalhar na política.

 

Comentário

O rosto do PS… e o vazio à volta

hugo ps 20250805 120549

O concelho de Tomar foi invadido por um número excessivo de cartazes, no caso do PS todos exibindo apenas a fotografia do candidato à câmara. Esta opção não só transmite uma imagem de narcisismo e autopromoção desmedida, como revela uma preocupante prepotência e uma evidente falta de espírito de equipa — afinal, um projeto autárquico sério constrói-se com pessoas e ideias, não apenas com a imagem de um candidato.

Para além do mau gosto e da pobreza política que esta estratégia publicitária evidencia, levanta-se uma questão mais grave: como é possível justificar gastos tão avultados, quando existem claras limitações legais ao financiamento de campanhas? Quem financia esta ostentação? E, mais importante, a que preço para a transparência e a ética política?

O concelho merece debate de propostas concretas, soluções para problemas reais e trabalho coletivo, não um culto da personalidade pago a peso de ouro.

Inês Barbosa

tiago ad 20250805 120626

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1 comentário

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