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O caso Flecheiro

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A gestão da obra do Flecheiro é mais um exemplo flagrante da falta de rigor e de planeamento que infelizmente caracteriza a atuação da Câmara Municipal de Tomar. O município vai agora ser obrigado a pagar milhares de euros adicionais ao empreiteiro, não por necessidades imprevisíveis da empreitada, mas por erros grosseiros de quem deveria ter assegurado a boa condução do processo.

Em primeiro lugar, é incompreensível que a autarquia se tenha esquecido de adquirir uma parcela indispensável à execução da obra, um lapso que qualquer gestão responsável teria antecipado e resolvido antes do arranque dos trabalhos. Este erro elementar comprometeu o calendário da intervenção e abriu caminho a indemnizações onerosas.

A juntar a este facto, soma-se a deficiente qualidade do projeto de execução, que deu origem a trabalhos a mais, com custos avultados, sempre suportados pelos cofres municipais, ou seja, pelos contribuintes. O que deveria ser uma obra estruturante e bem planeada transformou-se numa sucessão de remendos e derrapagens financeiras.

Perante esta situação, é legítimo questionar: quem assume a responsabilidade política e técnica por esta gestão danosa? Os munícipes merecem transparência, competência e respeito pelo uso dos recursos públicos. Não podem continuar a pagar as consequências da negligência e da falta de planeamento de quem governa.

 

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2 comentários

  1. Infelizmente qualquer que seja p Presidente e/ou o Partido que esteja á frente dos destinos da Câmara Municipal de Tomar o resultado no que diz respeito às grandes Obras tem sido sempre o mesmo. Agora foi com o Flecheiro mas no passado, com outro Presidente/Partido, aconteceu o mesmo ou pior com o Pólis.
    A meu ver, em qualquer dos casos, existem duas questões que carecem de respostas:
    1 – Porque é que o Executivo e os Serviços Camarários não fazem um acompanhamento da execução das Obras com rigor, eficácia e competência? Será por incapacidade técnica? Será por falta de recursos?
    2 – Porque motivo a oposição, em Obras de grande envergadura e com tempos de execução que demoram anos, não faz o devido escrutínio ao executivo? Não faz sentido a Obras desenrolarem-se e só no final das mesmas a oposição vir a apontar falhas no processo.
    Nós enquanto cidadãos/contribuintes, e independentemente do nosso sentido de voto, temos que ser mais rigorosos quer com o executivo quer com a oposição, pois só assim podemos obrigar a que a qualidade de trabalho de ambos seja elevada e com isso o nosso concelho saia a ganhar.

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